Alguns trabalhadores da Petrobras fizeram manifestação hoje, 17, nos pólos do Tecarmo, na Atalaia. De acordo com o diretor do Sindicato da categoria em Sergipe e Alagoas (Sindipetro), Stoessel Chagas, somente hoje, as atividades auxiliares do processamento de gás natural em Aracaju, foram paralisadas por duas horas, causando uma redução de cerca de 10% da produção. Em torno de 200 funcionários pararam de trabalhar no Tecarmo. A intenção do sindicato para amanhã é atrasar a produção por no mínimo quatro horas, com possibilidade de paralisar totalmente. 
Sede da Petrobras em Aracaju
Os petroleiros querem um aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 25% e a incorporação dos dias de viagem até o local de trabalho e de retorno como dias de trabalho, pois os trabalhadores reclamam que no translado de ida e volta do trabalho são perdidos, em média, dois dias de folga. Eles interrompem as atividades em solidariedade os petroleiros da bacia de Campo, no Rio de Janeiro, em greve desde o dia 14 de julho.
Greve nacional
Conforme a direção do sindicato dos petroleiros, Sindipetro SE/AL, a paralisação pode ainda ser
estendida para além das 48 horas inicialmente planejadas contadas a partir de hoje . Pode ser iniciado um processo de greve nacional para reivindicar melhores condições de segurança no trabalho. A direção do Sindipetro diz que há uma média de duas mortes por mês na Petrobras. Em Sergipe, 4 trabalhadores teriam morrido só no mês de junho. 
Luiz Roberto
Petrobras
O assessor de comunicação da Petrobras, Luiz Roberto, rebate as informações do sindicalista informando que não aconteceu paralisação da estatal em Sergipe. “Não houve paralisação de funcionários. Aqui na sede [localizada na rua Arauá] eles nem conseguiram pessoas suficientes para fazer uma assembléia. E em nenhum momento a empresa deixou de funcionar ou diminuiu a produção”, explica.
E completou dizendo que foi registrado somente uma morte no mês de junho, onde um engenheiro foi eletrocutado na Fafen.
