PM aguarda ordem da Justiça para desocupar hotel

Desocupação deverá ser cumprida até a próxima semana (Fotos: Portal Infonet)
O destino das 250 famílias que estão há quase um mês morando em uma obra inacabada do Flat Atalaia, localizado na Orla de Atalaia, ainda é incerto. Crianças, idosos e adultos vivem um clima de apreensão porque não terão para onde ir se forem obrigados a deixar o local.

Segundo a decisão da Justiça os ocupantes deveriam ter deixado o hotel abandonado de forma voluntária no último dia 24 deste mês. Com a recusa, a Polícia Militar (PM) enviou ofício pedindo o alargamento do prazo. O capitão Marcos Carvalho, que está à frente da negociação, afirma que a juíza Maria Angélica Garcia N. Franco, da 13ª Vara, não emitiu um parecer a respeito do prazo, mas acredita que a desocupação aconteça somente na próxima semana.

“Estamos articulando com outros órgãos que estão envolvidos nesse caso. A promotora Miriam

O capitão Marcos Carvalho está a frente das negociações
Tereza, do Ministério Público [MP] está ciente da questão”, explica o capitão.

“O papel da Polícia Militar é cumprir a ordem judicial, mas estamos cientes de que temos que tirar essas pessoas e deixar em um lugar autorizado. Até sexta-feira [2] vou novamente ao flat para conversar com os ocupantes e saber se já encontraram uma solução”, acrescenta.

Motu

Um dos coordenadores do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu), a que pertence os ocupantes do hotel, Silvanei de Jesus, esclarece que nenhum representante do poder público entrou em contato com o movimento. “A gente ainda está aguardando, mas ninguém veio aqui. A alternativa que temos até agora é permanecer no local. As famílias estão correndo o risco de ficar nas ruas, mas estamos abertos para negociação”, diz.

Durante entrevista a equipe do Portal Infonet, Silvanei afirmou que os ocupantes estão aguardando uma resposta do secretário de Articulação Política do Governo, Chico Buchinho. “Nós estivemos em uma reunião com o secretario e ele nos garantiu que iria entrar em contato com outras secretarias e órgãos para no ajudar”, destaca.

Por Kátia Susanna

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