PM apreende pneus que serviriam para fechar ponte

Marcos Freire: meia pista (Fotos: Portal Infonet)

Os pontos estratégicos da cidade foram interceptados por centrais sindicais e vários movimentos sociais mobilizados na greve geral deflagrada nesta sexta-feira, 28, em todo o país em protesto às reformas trabalhistas e previdenciárias que estão em debate no Congresso Nacional. No Marcos Freire, em Nossa Senhora do Socorro, a Polícia Militar apreendeu um reboque com pneus que estavam sendo transportados por sindicalistas, que seriam usados para fazer barreira, queimados nas cabeceiras da ponte erguida sobre o Rio do Sal.

Os manifestantes admitem que estavam fazendo o transporte com esta finalidade, lamentaram a apreensão, mas negociaram, pacificamente, a liberação de meia pista para não atrapalhar o tráfego de veículos no local. O sindicalista Osmar Silva, representante dos Trabalhadores em Telemarketing do Estado de Sergipe (Sindmarketing), informou que o grupo de mobilização chegou ao Marcos Freire por volta das 3h da madrugada e interrompeu o trânsito por várias horas.

O objetivo, conforme explicou o sindicalista, seria impedir o tráfego dos transportes públicos, mas outros grupos conseguiram interceptar os veículos na porta das garagens das próprias empresas de transportes urbanos. E, como consequência, os manifestantes decidiram entrar em entendimento com a Polícia Militar, conforme explicações de Gabriel Marques, também vinculado ao Sindmarketing.

Carlos Antonio: travessia a pé para pegar taxi  Gabriel e Osmar: descanso depois da apreensão do reboque

O auxiliar de escritório Carlos Antonio Oliveira Souza, 49, mora no Marcos Freire, trabalha no centro de Aracaju e optou por atravessar a ponte a pé por falta de transporte. "Vou para o outro lado e lá vou ver se pego um taxi para chegar no trabalho", disse.

O major Fábio Machado, comandante do 5º Batalhão da PM, informou que houve negociação pacífica para a retirada dos pneus queimados da pista. O Corpo de Bombeiros apagou o fogo, os pneus foram recolhidos e os manifestantes aceitaram liberar meia pista para os veículos, instituindo no local uma espécie de pare e siga.

O trânsito flui lento e a mobilização continua em vários pontos da cidade.

Por Cássia Santana