PM é capacitada para abordar profissionais do sexo

Um treinamento especializado por parte de policiais militares para lidar melhor com travestis que atuam como profissionais do sexo na Orla de Atalaia e Centro de Aracaju. Esse foi o ponto de partida de uma reunião realizada entre oficiais da PM e representantes de instituições ligadas ao combate à homofobia realizada na manhã desta segunda-feira, dia 13, no Gabinete do Comando Geral da PM, no Quartel do Comando Geral.

 

A idéia central da reunião foi definir estratégias para que não haja violência contra profissionais do sexo por parte de policiais militares, e futuramente por parte de todos os agentes que atuam na Segurança Pública de Sergipe. “Partindo do princípio do respeito à dignidade humana, acreditamos que a Polícia Militar pode conduzir abordagens de uma forma especializada ao passar por um treinamento com uma equipe especializada sobre o atendimento a ocorrências que envolvam esse público, sem constrangimento e excessos de ambas as partes”, defendeu o professor e voluntário da Associação de Travestis Unidas, José Marcelo Domingos de Oliveira.

 

Além da capacitação junto aos policiais que trabalham diretamente com o referido público, existe a pretensão em fortalecer o policiamento em pousadas, pontos de jogos e determinadas áreas notadas como críticas até por parte de travestis. “Os travestis podem ser tornar agentes auxiliares da Segurança Pública no combate à criminalidade nestas regiões. Eles trabalham à noite e conhecem toda a movimentação”, completou o professor Marcelo Oliveira.

 

O comandante geral da PM, coronel Magno, destacou que a missão da Polícia Militar é garantir segurança ao cidadão independente da orientação sexual que o indivíduo possui. “Não haverá discriminação no tratamento dado aos profissionais do sexo, sobretudo travestis. Entretanto não é apenas a Polícia Militar que poderá solucionar o problema da violência, drogas e problemas de saúde pública ligados a estes profissionais. Será necessário unir forças com diversas instâncias do Estado. Estes encontros como o de hoje devem se repetir pois devemos trabalhar juntos para buscar alternativas de combate à criminalidade local”, comentou.

 

Mapeamento do grupo

 

Segundo a profissional do sexo Jéssica Taylor, presidente da Associação de Travestis Unidas, apenas seis travestis que atuam no Centro da capital são sergipanas. “A maior parte dos travestis são da Bahia, de Alagoas e muitos são usuários de drogas ou possuem envolvimento com atividades ilícitas. É preciso saber separar as profissionais do sexo das marginais do sexo. E contaremos com o apoio da Polícia Militar para realizar um diagnóstico, cadastro ou mapeamento do grupo. Tal ação pode facilitar o trabalho dos policiais e fazer com que passem a “conhecer” as intenções de cada profissional.

Com informações da PM/SE

 

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