“A polícia tem o dever de restabelecer a ordem pública. Isso que tem sido falado causa revolta e constrangimento”, disse. O coronel manteve a tese de que a polícia teria utilizado o chamado “desforço imediato”, que prevê que logo após um ato de ocupação o dono do terreno pode utilizar de toda a força para retirar essas pessoas. O procurador federal Paulo Guedes discordou do entendimento do comandante. “Não houve desforço imediato na forma como a jurisprudência entende. Não podemos ficar em Sergipe sob a jurisdição da tropa de choque”, afirmou. O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Thiago Oliveira, também concordou com o procurador. “Todo mundo tem que ter mandado para reintegrar a posse, com o Estado não é diferente”, complementou. Gerenciamento de crise O presidente do CEDCA explicou que, juntamente com o Conselho Municipal (CMDCA), irá representar o Governo do Estado junto a órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos, ao Conanda e ainda à Controladoria Externa da Atividade Policial, no Ministério Público Estadual. Esta última representação também terá a assinatura do MPF, que deverá ainda realizar representações à Procuradoria Geral da República (PGR) e do Conselho Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. O representante do MPF, Paulo Guedes, cobrou ainda que o Governo do Estado tome providência sobre a atuação policial. “Em Sergipe, nós estamos nessa segunda-feira sob jurisdição da tropa de choque”, disse.
Em entrevista ao Jornal da Ilha, nesta segunda-feira, 9, o assessor de comunicação da Polícia Militar (PM), Coronel Ramos, falou sobre a desocupação do kartódromo feita neste sábado, 7. De acordo com ele, a PM agiu conforme precisão constitucional. Atuação da Tropa de Choque foi criticada
Perguntado sobre o motivo de o Gabinete de Gerenciamento de Crise não ter participado da desocupação no sábado, o coronel afirmou que este já tinha esgotado a possibilidade de negociar. “Foram usados outros negociadores para tentar a saída pacífica e só foi utilizada a tropa para retirar como último recurso”, afirmou. Paulo Guedes, procurador federal / Foto: Arquivo Infonet
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