PMA fará construção de 1.102 casas para famílias das Mangabeiras

A ocupação se localiza no 17 de Março (Foto: Arquivo Infonet)

A Prefeitura de Aracaju realizará a execução da infraestrutura e construção das 1.102 casas na Ocupação das Mangabeiras, localizada no bairro 17 de Março. A gestão municipal iniciará o processo de retirada das  836 famílias da localidade para preparação do terreno e início do cronograma da obra. O anúncio foi feito pelo prefeito Edvaldo Nogueira, através das redes sociais e em coletiva com a imprensa, que detalhou as etapas do projeto, sendo a primeira, segundo o gestor, a realização de uma reunião na tarde de hoje, com 12 representantes da comunidade, para informar sobre o encaminhamento de todas as famílias para o aluguel social.

“A partir de hoje (15), começamos a realizar um grande sonho. Vamos retirar as famílias da ocupação para dar início a esse projeto grandioso para a construção de 1.102 casas e a infraestrutura completa da área das Mangabeiras. É uma obra de mobilidade, infraestrutura, mas acima de tudo, é uma obra social, porque vai trazer dignidade para 836 famílias, que já residem nas Mangabeiras, e mais 266 que recebem auxílio-moradia há mais tempo. Então, hoje as equipes da Assistência Social vão se reunir com as lideranças da comunidade, vão apresentar o cronograma e informar sobre a retirada das famílias da localidade, que passarão a ser beneficiadas pelo aluguel social, enquanto a obra durar. Para isso, a Prefeitura vai investir mensalmente cerca de R$ 340 mil no aluguel de casas para estas famílias”, destacou o prefeito Edvaldo.

O gestor explicou que, pelo cronograma, até o próximo dia 6 de julho será estabelecido como prazo para locação dos imóveis para os quais as famílias serão levadas. Também haverá um ‘Plantão Social’ para assinatura dos termos de adesão, no período entre 30 de junho a 10 de julho. Na fase seguinte, será feita a organização dos endereços para a transferência das famílias (entre 13 a 17 de julho) e, por fim, haverá a remoção dos barracos e transferência dos moradores, por áreas.

“Tudo será feito de maneira organizada, especialmente porque enfrentamos uma pandemia e precisamos preservar a vida das pessoas. Por isso, estabelecemos prazos para cada etapa e vamos cumpri-los com rigor. A remoção das famílias, por exemplo, será feita por áreas, definidas durante o processo de cadastramento realizado pela Secretaria da Assistência Social. Vamos começar pela área C, no dia 20 de julho, depois partiremos para a área B, no dia 21, seguindo pela área D, no dia 22 e finalizando pela área A, nos dias 23 e 24. Quero frisar que todas as famílias serão mantidas no aluguel social durante o período de execução da obra, um investimento de mais R$ 7 milhões, somente com aluguel de casas”, reiterou.

Edvaldo também ressaltou que a construção das 1.102 casas “é um sonho que acalento desde que retornei à Prefeitura”. “O 17 de Março foi um bairro planejado por nós. Retiramos aquelas famílias de uma situação indigna para viver com elas merecem. E me entristecia ver os moradores da ocupação das Mangabeiras vivendo de maneira tão desigual. Por isso nossa gestão foi atrás, conquistou os recursos e hoje damos um grande passo para transformar aquela área em um conjunto habitacional, com a infraestrutura que aquelas famílias merecem”, comemorou.

O projeto

A construção das 1.102 casas é fruto de um convênio entre Prefeitura de Aracaju e Caixa Econômica Federal. Com investimento total de R$ 124,6 milhões, os recursos são oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), sendo R$ 116,7 milhões do financiamento e R$ 7,9 milhões de contrapartida do município.

O empréstimo junto à Caixa foi autorizado pela Secretaria do Tesouro Nacional em junho de 2019. A liberação destes recursos se deu de maneira célere, uma vez que Aracaju, na gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, voltou a ter uma avaliação positiva da sua capacidade de endividamento, o que facilitou o trâmite. A Prefeitura de Aracaju foi autorizada pela STN a contratar operação de crédito na modalidade “sem garantia da União, valendo-se como garantia os créditos provenientes das receitas tributárias”.

Já a cessão do terreno, pela União, faz parte de um trabalho conjunto entre Prefeitura e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) em Sergipe. “Aproveito para agradecer a superintendente da SPU, Jovanka Leal, que entendeu a importância da doação daquele terreno e nos ajudou nessa conquista. O esforço dela para viabilizar a doação da área foi fundamental para efetivar o projeto”, enfatizou.

Fonte: PMA

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