PMs cancelam ato e aguardam negociação com o Governo

(Foto: Arquivo Poratl Infonet)

Os policiais militares que planejavam um ato na Praça Fausto Cardoso para esta terça-feira, 20, desistiram do manifesto por voto de respeito ao canal de negociação que vem sendo mantido entre o comando da Polícia Militar e o Governo. Durante uma reunião entre policiais e comando da PM nesta segunda-feira, 19, vários pontos relacionados à segurança da tropa foram discutidos e o comandante da corporação iniciou um diálogo com o governador para avaliação destas reivindicações. Uma nova reunião ficou marcada para a terça-feira, 27, quando o comandante da PM, o coronel Maurício Iunes fará a interlocução entre PM e Governo.

A insatisfação dos policiais tornou-se pública após as mortes do sargento Filho, assassinado na última sexta-feira, 16, e do soldado reformado Luciano dos Santos, assassinado dentro de um ônibus no último sábado, 17. Os policiais pedem providências aos órgãos competentes com relação à segurança da tropa após os episódios recentes e, cobram também tratamento a polícia militar semelhante ao que é dado a Polícia Civil, considerando aumento salarial, promoção imediata, transformação do salário em subsídios e ajuste da carga horária.

De acordo com o presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), Sargento Vieira, a categoria se sente desrespeitada com as atuais condições de serviço e, aguarda alternativas do Governo acerca das reivindicações. “A Polícia Militar de Sergipe tem o sexto pior salário do Brasil. Há muito tempo estamos cobrando melhorias e já cansamos disso. Exigimos respeito. Reclamam que os PMs estão fazendo bicos, e eu particularmente sou contra os bicos, mas com a atual condição dos salários, muitos vão continuar fazendo”, afirmou o sargento.

Governo

O secretário de comunicação do Governo do Estado, Sales Neto, afirmou que o diálogo entre comando da Polícia Militar e Governo sempre aconteceu. Disse ainda que o Governo reconhece o comando da PM como interlocutor dos assuntos a serem tratados com os militares. Sales informa que as questões estão sendo levadas ao Governo e serão avaliadas.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio