PMs treinam artes marciais no 1º Batalhão

A Polícia Militar de Sergipe, dentro de uma linha de capacitação e valorização de seus integrantes, vem se destacando pela prática de artes marciais. A idéia surgiu no começo do ano passado, através da iniciativa de alguns militares praticantes do esporte, dentre eles o soldado Emílio Santos do Nascimento, professor faixa marrom em Jiu-Jitsu, e atleta há oito anos, que passou a divulgar esse trabalho na Corporação, visando melhorar o preparo físico dos policiais. Atualmente, treinam artes marciais, cerca de 50 PMs de diversas Companhias, como: COE, Choque, Radiopatrulha, dentre outras, que dispõem de um tatame próprio, localizado nas dependências do 1º Batalhão, situado na Travessa Adauto Botelho, em Aracaju. A academia possui dois professores de Jiu-Jitsu e Judô, lecionando em diversos horários de treinamento, nos turnos da manhã e tarde.
TATAME – A construção do tatame contou com o apoio do 1º Ten Amin, Capelão Evangélico da instituição, que mobilizou, juntamente com o professor Emílio, um mutirão de atletas, que adquiriram o pó de borracha, matéria prima empregada na base do tatame, com a Renovadora de Pneus de Aracaju. A lona de cobertura foi adquirida pelo Comando Geral da Polícia Militar que, ao tomar conhecimento da necessidade, determinou a compra do material. Segundo o tenente Amin, simpatizante do esporte, a atividade policial requer um condicionamento físico adequado, além disso, ele deve estar preparado para servir à sociedade em qualquer circunstância, onde nem sempre é possível o uso de uma arma de fogo. Partindo deste pressuposto, o emprego de artes marciais como o Jiu-Jitsu e o Judô, que utilizam técnicas de imobilização, torções e chaves de braço, são ideais no trabalho da Polícia Militar.
VIOLÊNCIA – Ainda que exista o mito da violência associada à prática das lutas marciais, o tenente Amin diz que isso não procede neste caso, pois a prática desse esporte desenvolve no ser humano uma capacidade maior de concentração, equilíbrio e auto-confiança, além da possibilidade de canalização, na academia, da força e do stress causado pela atividade profissional de alto risco. Treinam na academia, além dos PMs, alguns membros da comunidade local, com destaque para a filha do professor Emílio, Ludmyla Santos, de apenas 7 anos de idade e que já pratica a arte do Jiu Jitsu há 2 anos.

 

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