Com a liberação do imóvel que explodiu e desabou na avenida João Rodrigues, no bairro Santo Antônio, pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, a Polícia Científica iniciou o trabalho pericial no local com o objetivo de identificar a causa e a dinâmica do fato que ocorreu no último dia 31 de dezembro. Equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) iniciaram os exames periciais no local nesta quarta-feira, 3.
De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística, Luciano Homem, nesta quarta-feira está sendo feita a análise preliminar na edificação. “É a primeira vez após a liberação do local pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Viemos aqui para fazer uma análise preliminar no prédio e tentar encontrar, inicialmente, quais são as possibilidades de exames periciais que podem ser realizados no local”, explicou.
Em seguida, haverá o retorno da equipe ao imóvel para concluir os exames periciais. “Para tentar identificar o que de fato aconteceu. Supostamente foi uma uma explosão seguida do desabamento. Então a gente está levantando todos os vestígios e fazendo os registros fotográficos. Nossa equipe hoje está composta por peritos engenheiros e químicos, e a equipe também vai ser composta por físicos”, detalhou Luciano Homem.
A equipe multidisciplinar tem como objetivo entender o que de fato aconteceu no imóvel, assim como evidenciou Luciano Homem. “Os peritos analisam a estrutura que permaneceu no local e quais os pontos em que houve distorções, talvez por conta da possível explosão. Os peritos também vão coletar algum elemento químico para posteriormente serem feitas análises em laboratórios”, complementou o diretor do IC.
Segundo Nailson Correia, perito criminal do Instituto de Analises e Pesquisas Forenses (IAPF), a perícia também está atuando para identificar se realmente foi o gás GLP ou se houve outra substância que pode ter favorecido para intensificar o efeito explosivo no imóvel. “Recolhemos algumas amostras que serão levadas ao laboratório para verificarmos se há algum outro vestígio que possa ter colaborado com a intensificação”, ressaltou.
Dentre as possibilidades do fato que pode ter desencadeado a explosão está o possível vazamento do gás GLP, assim como acrescentou Nailson Correia. “O botijão contém principalmente dois gases explosivos – propano e butano. Então a gente tenta identificar se realmente foi essa causa. Na hora da explosão, fica fuligem, que a gente coleta para tentar identificar em laboratório se foi essa a causa”, finalizou.
Explosão e desabamento
No último domingo, 31 de dezembro, uma explosão seguida de desabamento deixou cinco pessoas mortas em um imóvel que funcionava com diversos apartamentos na avenida João Ribeiro, no bairro Santo Antônio. O Corpo de Bombeiros fez o resgate de 14 pessoas com vida, além dos corpos das vítimas que perderam a vida no acidente. As defesas civis estadual e municipal atuaram na missão de busca e salvamento.
As vítimas que morreram na explosão e desabamento do imóvel foram identificadas por papiloscopistas do Instituto de Identificação como sendo Isla Solimar Batista Santos, 20 anos; Weslly André Santos, 20; Guilherme Alves de Souza, 21; Ana Cristina Santos Campos, 52; e José dos Santos, 65. O Instituto Médico Legal (IML) é o responsável pela emissão dos laudos com as causas das mortes.
Fonte: SSP/SE
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