
O uso de técnicas periciais avançadas foi fundamental para esclarecer o feminicídio brutal ocorrido em novembro de 2024, no Assentamento Santa Maria, na zona rural de Riachuelo. O crime, investigado pela Polícia Civil com apoio da Polícia Científica, veio a público nesta segunda-feira, 14, durante coletiva à imprensa.
A vítima foi encontrada morta, com marcas de extrema violência — facadas e dois disparos de arma de fogo, um deles na cabeça. O suspeito foi preso por ordem judicial e confessou o crime.
Segundo os investigadores, o trabalho da perícia foi decisivo. Embora o imóvel do suspeito estivesse aparentemente limpo, o uso do luminol revelou vestígios de sangue ocultos, principalmente em um carrinho de mão, utilizado para transportar o corpo. O sangue coletado foi analisado em laboratório e o DNA confirmou a presença da vítima no local.
“Mesmo com a limpeza do ambiente, conseguimos identificar as marcas invisíveis a olho nu. Esses vestígios foram fundamentais para a investigação”, destacou o perito criminal Charles Vargas.
Além dos vestígios, a perícia apreendeu armas brancas, um revólver calibre .38 com numeração raspada e indícios de tráfico de drogas no imóvel.
O delegado João Martins ressaltou que o suspeito tentou ocultar o crime e intimidou testemunhas, mas o trabalho técnico e o cruzamento de informações levaram à confissão e à prisão do acusado.
O caso segue sob investigação e novas diligências não estão descartadas.
*Com informações da SSP