Polícia identifica como chacina mortes na Coroa do Meio

Policial encontra cachorro e gato dentro do barraco (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

A polícia trabalha com a hipótese de crime de execução a morte das três pessoas, cujos corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira, 6, na Coroa do Meio. Não há identificação oficial das vítimas, sabe-se apenas que as vítimas da chacina são moradores de rua, que viviam como pedintes nos semáforos do bairro e também colhiam material para reciclagem nas ruas do mesmo bairro. Os corpos foram localizados em um manguezal bem próximo ao Campo da Draga, às margens da avenida jornalista João Batista Santana.

O casal é conhecido apenas como Pezão e Mocinha, e a outra mulher era chamada de Marcleide [supostamente irmã de Pezão]. Os primeiros levantamentos realizados pela equipe da Polícia Militar indicam como crime de execução e teria sido cometido entre a noite do domingo, 5, e a madrugada desta segunda-feira, 6.

Mas os corpos só foram encontrados por volta das 10h desta segunda por um outro morador de rua, que foi ao local depositar o lixo destinado à reciclagem colhido nesta manhã. “Os corpos estão enrijecidos, o que indica que o crime não foi cometido nesta manhã”, observou o tenente Santana, da equipe da 5ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar.

Os três corpos foram encontrados na porta do barraco

No local do crime, foram encontrados alguns cachimbos [característicos para consumo de crack] e dois animais, um cão e um gato, que pareciam acuados dentro do barraco. Há suspeita que os três moradores de rua vítimas da chacina seriam usuários de drogas e que este crime teria sido praticado como uma espécie de acerto de contas, conforme análise do tenente Santana.

Conhecidos

Muitas pessoas que residem nas proximidades do local da execução foram ao local e reconheceram as três vítimas. Mas eles não dão muitos detalhes sobre a identificação delas. “Eles costumavam andar sempre com o cachorro e ficavam no semáforo pedindo dinheiro, mas nunca fizeram nada com ninguém”, relatou a estudante Tainá Cruz.

Pezão possuía uma deficiência física [um grande ferimento em uma das pernas, que dificultava a locomoção] e sempre estava amparado por uma muleta. “Hoje de manhã me disseram ‘mataram o aleijado’ aí eu vim aqui só para crer. Não gosto de ver essas coisas”, relatou Genivalda dos Santos, que também é catadora de material destinado à reciclagem. “Eu sempre ficava também lá no sinal com eles. Eu ficava conversando com a mulher dele [a mais magra] e ele ficava lá, pedindo [esmola]”, conta.

PM localiza cachimbos usados para consumo de crack mas não enconta documentos das vítimas

Os corpos foram removidos pelo Instituto Médico Legal (IML), mas ainda não há identificação oficial. No local, os peritos não encontraram documentos.

Por Cássia Santana

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