Polícia identifica corpo carbonizado encontrado no Santa Maria

Vítima é um jovem de 20 anos, encontrado no bairro Santa Maria no último sábado, 24 (Foto: SSP/SE)

Com a análise papiloscópica feita em apenas um dedo e a verificação de documentos parcialmente queimados, a Polícia Científica chegou à identificação oficial de um jovem de 20 anos que teve o corpo carbonizado em Aracaju. O trabalho pericial foi feito em conjunto entre o Instituto de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWGS) e o Instituto Médico Legal (IML). O corpo havia sido encontrado no sábado, 24, no bairro Santa Maria, em Aracaju.

De acordo com o papiloscopista Jefferson Santos, após o acionamento feito pelo IML, a equipe seguiu ao local onde o corpo carbonizado foi encontrado. “Foi um trabalho em equipe entre os institutos. Ao chegar lá, colhemos informações dos plantonistas do IML e fomos para a análise do cadáver”, explicou.

Inicialmente, a equipe verificou que a mão direita não tinha condições de passar por exames papiloscópicos. “Mas a mão esquerda tinha três dedos que poderiam ser levados a laboratório para tentarmos coletar as digitais após o tratamento do material”, contextualizou o papiloscopista.

Em laboratório, um dedo foi resgatado para a perícia. “O anelar esquerdo. Foi feita a coleta que possibilitou que a gente fizesse essa identificação. Tudo isso contou com o apoio dos plantonistas que colocaram à nossa disposição dois documentos parcialmente queimados”, descreveu Jefferson Santos.

Com os documentos parcialmente queimados, a papiloscopia fez análises e triagens que chegaram à identificação do rapaz. “Com algumas combinações, conseguimos chegar à identificação da vítima. Fizemos o confronto papiloscópico e se tratava da vítima”, narrou o papiloscopista.

A ação contou com o apoio dos agentes de de necrópsia do IML, assim como ressaltou o papiloscopista. “Que fizeram a incisão dos três dedos de forma especializada e profissional para que os tecidos não fossem destruídos, pois é um material que demanda tratamento especializado”, reiterou.

Para o papiloscopista, a identificação oficial corrobora com a dignidade da família, que pode fazer a despedida do seu ente querido. “E colabora com as investigações que passam a ter um norte maior. É um trabalho que gera resultados que vão ser espelhados no inquérito”, pontuou Jefferson Santos.

 

Fonte: SSP/SE

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