Polícia prende acusado de matar criança de um ano

Jamisson: "eu não fiz nada" (Fotos: Portal Infonet)

Em Nossa Senhora das Dores, agentes da Polícia Civil prenderam o jovem Jamisson Moura Santos, 19, acusado de agredir o próprio enteado, identificado como Aislan, de apenas um ano e sete meses de idade. O crime aconteceu no dia 22 de outubro do ano passado na residência da própria vítima, naquele município.

O acusado teria prestado socorro à vítima, encaminhando-a para o hospital local que tomou a iniciativa de mobilizar uma equipe do Serviço Móvel de Urgência (Samu) do município de Capela para transferi-la para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde a criança teria morrido seis dias depois do internamento, segundo informou o agente Augusto Nunes, que participou da operação policial que culminou com a prisão do suspeito.

Durante as investigações da polícia, Jamisson foi ouvido e, como não havia provas da participação dele no crime, a autoridade policial do município o liberou. Porém, durante as investigações, a polícia teria encontrado provas contundentes que levam à certeza de que a criança teria sido espancada pelo próprio padrasto, segundo Nunes.

De acordo com o agente, o acusado teria colocado uma fralda na boca da criança, na tentativa de sufocá-la e, usando um celular, aplicou um golpe na boca e outros na cabeça. “Consta no laudo cadavérico que a criança sofreu traumatismo craniano”, revela o agente, que informa que há registro que Jamisson teria ameaçado a ex-companheira.

Augusto Nunes diz que há provas contundentes

Com base nas provas apresentadas pela Polícia Civil, o acusado foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio e, recentemente, o juízo da Comarca de Nossa Senhora das Dores decretou a prisão preventiva, conforme informações do agente da Polícia Civil. Uma semana depois de iniciadas as buscas, o suspeito foi localizado nesta quarta-feira, 2, na residência da mãe dele, naquele município. “Ele tentou fugir, mas conseguimos prender”, disse o agente.

Jamisson não quis conversar com jornalistas. “Eu não fiz nada”, resumiu. E, balançando a cabeça em gesto afirmativo, revelou que nada falaria.

Por Cássia Santana