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O líder da quadrilha, Rafael dos Santos Magalhães, 28 anos (Fotos: André Teixeira/Portal Infonet) |
Um lucro de R$ 140 mil foi o que os criminosos que assaltaram a unidade da Indústria Maratá em Itaporanga D’Ajuda na noite do dia 21 de maio arrecadaram. A quantia foi apurada pela Polícia Civil sergipana que em menos de um mês conseguiu elucidar dois assaltos realizados pela quadrilha que aconteceram no mesmo dia nas fábricas da Maratá, e da Fruteb no município de São Cristóvão. Cinco dos seis integrantes da quadrilha que agiram em Sergipe foram presos nos estados de São Paulo e Goiás. Segundo a polícia sergipana, existem registros da atuação do bando em diversos estados do Brasil.
No roubo em Sergipe a polícia identificou algumas atuações curiosas do bando como na saída da fábrica, já com o dinheiro, a quadrilha entregou R$ 200 a cada segurança como forma de comemorar a ação lucrativa. “No momento da fuga, o líder da quadrilha de nome Rafael, ainda ligou para o Ciosp para pedir que a polícia soltasse os reféns que eles haviam trancado no caminhões”, diz o coordenador do Complexo de Operações Especiais (Cope), o delegado Everton dos Santos.
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A operação que desarticulou o grupo criminoso contou com a participação de 15 policiais civis Cope e teve o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), do Deic do estado de Minas Gerais e da Delegacia Geral da cidade de São José do Rio Preto-SP.
As primeiras prisões aconteceram na última quarta-feira, 16, em Cedral–SP. Deivid Pirane Bote, 28 anos, natural da cidade de São José do Rio Preto e Wender Daniel dos Santos, 28 anos, natural da mesma cidade foram capturados pela polícia paulista.
Já na madrugada do domingo, 19, a polícia sergipana prendeu em Goiás o líder da quadrilha é Rafael dos Santos Magalhães, 28 anos, também conhecido como Hugo Rafael Campos, e também processado com o nome de João Rafael de Alcântara. Ele é natural do Estado de Minas Gerais e residente da cidade de Londrina-PR. Rafael é foragido do Estado de São Paulo acusado por tráfico de drogas. Na mesma ação foram presos ainda, Félix da Silva Neto, 29 anos, também conhecido como Bruno de Jesus do Nascimento ou Filipinas, que residia na cidade de Araguaiana-TO. Além de Lucas Pirane Bote, 26
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Organograma da quadrilha, Rafael era o líder |
anos, natural do município de São José do Rio Preto, onde residia.
“Os três foram surpreendidos na cidade de Aparecida de Goiânia, quando arquitetavam assaltar uma fábrica de sucos localizada no município. João Rafael responde pelo crime de lavagem de dinheiro e tem ligação com uma facção criminosa do estado de São Paulo”, explica o delegado Cristiano Barreto.
De acordo com o delegado André Baronto, responsável pelas prisões, não houve reação dos bandidos. “Nós tínhamos a identificação parcial de alguns deles, e tínhamos a informação de que iriam para ao estado de Goiás praticar algum crime. As investigações foram conduzidas pelo Cope em parceria com a Divisão de Inteligência (Dipol). Entramos em contato com a Polícia Civil de Goiás, tivemos o total apoio e conseguimos localizar o paradeiro desses bandidos na cidade de Hidrolândia e começamos a segui-los e tentar ver o momento apropriado para fazer a abordagem. Para evitar que ocorresse qualquer incidente naquela cidade, nós conseguimos fazer a abordagem um dia antes da ação deles e fazer essa prisão.
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O coordenador do Cope, Everton dos Santos |
Eles tentaram fugir, mas a equipe estava bem organizada e fechamos todas as áreas para fazer a abordagem”, destaca.
Com o grupo foi apreendido um revólver calibre 38, que pode ser uma das armas levadas dos seguranças da fábrica Maratá, um alicate e uma serra. A polícia busca agora o sexto integrante da quadrilha que já foi identificado e possui mandado de prisão preventiva. O bando foi indiciado pelos crimes de roubo qualificado e formação de quadrilha.
Segundo o coordenador do Cope, Everton Santos, os roubos do dia 21 foram os primeiros praticados pela quadrilha em Sergipe. “Eles haviam trocado tiro na Bahia e passaram pela rodovia da BR aqui em Sergipe e avistaram as duas empresas, Maratá e Fruteb. Decidiram permanecer em uma pousada na Atalaia e no final de semana e executar os dois crimes. Passearam no Shopping, foram flagrados inclusive comprando roupas em lojas, esses turistas são indesejados”, afirma Everton destacando o trabalho de inteligência da polícia.
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O delegado André Baronto |
“Esse caso demonstrou que nosso setor de inteligência está no topo da elucidação de crimes e no Brasil. A investigação demonstra que além de empresas, eles podem ter atuado em caixas eletrônicos da Bahia e São Paulo. Eu avisei para eles para caso sejam soltos pela justiça, informem que aqui em Sergipe não existe bandido bom, aqui o lugar de bandido é cadeia, morto ou capturado”, destaca.
Por Bruno Antunes
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