Policiais civis paralisam atividades e cobram aprovação de projeto

Policiais Civis se concentram em frente a DHPP ( Foto: Portal Infonet)

Os policiais civis de Sergipe iniciaram às 7h desta sexta-feira, 18, a paralisação de 24 horas, e se concentraram em frente ao Departamento de Homicídios e  Proteção a Pessoa (DHPP). Na próxima semana, dia 24, a categoria fará uma assembleia para definir se paralisam as atividades por tempo indeterminado. Os policiais cobram do Governo o envio do Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC) à Alese e a valorização profissional.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira, 30% do efetivo foi mantido nas delegacias, mas muitos serviços estão suspensos. “As atividades dos 75 municípios estão paralisadas, porém a nossa orientação é a legal de que o quantitativo mínimo de 30% seja mantido, principalmente para o atendimento ao cidadão que chega com questões emergenciais, a exemplo do flagrante delito, aos demais atos inerentes a carreira do Policial Civil no que se refere investigação criminal está suspensa durante 24 horas”, afirma.

Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, pede que o Governador cumpra sua palavra (Foto: Portal Infonet)

Adriano explica que o projeto OPC foi negociado durante um ano com o Governo do Estado, nasceu no gabinete do governador Belivaldo Chagas, com apoio do Secretário de Segurança Pública, mas, segundo o representante dos policiais civis, o governador voltou atrás.

“Passamos um ano negociando com o Governo projetos, inclusive, que dentro de uma criatividade não avançou. Quando digo criatividade é porque remonto a época do Governador Marcelo Deda que quando faltava dinheiro chamava o feito a ordem, chamava os secretários e pedia que tivesse criatividade. Essa criatividade que foi inserida em 2008, agora falta no governo de Belivaldo, que diz que está em dificuldade financeira. Me parece que hoje o Governador não entende mais, não sabe mais, está preocupado, com medo, se sentindo ameaçado para não implementar um projeto que não tem impacto financeiro. Precisamos cobrar ao Governador que cumpra sua palavra, que atenda seu compromisso, que atende seu secretário de Segurança Pública. Belivaldo não tem pego a caneta como Governador”, critica.

O Sinpol afirma que o projeto não impacta financeiramente os cofres públicos, segundo Adriano, unifica a carreira dos policiais da base da Polícia Civil, e afeta as atribuições dos policiais civis delegados de polícia.

“Precisamos perceber que essa luta não é por salário, é por dignidade, é por respeito, inclusive ao cidadão. O projeto vem para quem sofre violência no estado de Sergipe, entendemos que eles não podem mais esperar. O projeto vem para agilizar o atendimento dentro das delegacias, esse é um pilar muito importante que não podemos perder de vistas. O projeto não acaba com o concurso público para o policial civil, não traz nenhum tipo de ascensão, de promoção ou de qualquer tipo de instrumento jurídico para ascensão do policial civil para o cargo de delegado de polícia. Tudo isso são faláceas, infelizmente, é uma instituição classista, egocêntrica, que gasta 10 para seu colega de trabalho não ganhar cinco. A gente lamenta esse tipo de atitude, mas vamos lutar”, finaliza Bandeira.

Nesta semana, o governador Belivaldo Chagas informou que não enviará projeto que onere folha de servidores.

O Portal Infonet entrou em contato com o Governo do Estado, mas até a publicação da matéria não recebemos as informações solicitadas. O Portal Infonet está à disposição através do telefone (79) 2106-8000 ou através do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Karla Pinheiro

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