Policiais militares pressionam Governo por avanço em negociações

Policiais lotaram clube do Cotinguiba
Revoltados com a falta de propostas do Governo do Estado, uma multidão de policiais e bombeiros militares lotou o Clube do Cotinguiba na tarde desta quinta-feira, 26, para discutir a pauta de reivindicações da categoria. Mesmo negociando há mais de três meses com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os representantes das Associações Unidas dos Policiais Militares decidiram pressionar o governador para que abra um novo canal de diálogo. Depois da assembléia, os policiais saíram em caminhada pelas ruas da cidade e encerraram o protesto na frente da SSP. Caso não haja avanços, a categoria promete paralisar as atividades.

Reajuste salarial, definição de carga horária e estabelecimento de nível superior para ingresso na corporação são as principais reivindicações dos policiais. O representante das associações, capitão Samuel, entende que “o processo de valorização da categoria passa por um reajuste salarial, onde os policiais militares passem a ter salários semelhantes aos dos policiais civis”. Em uma das faixas espalhadas pelo clube Cotinguiba, continha a informação de que enquanto um delegado ganha R$ 6,8 mil, um oficial da PM recebe R$ 1 mil. Já o salário base de um soldado militar é de R$ 450 e o dos agentes da Polícia Civil (PC) R$4 mil.

Categoria canta hino nacional em frente à SSP
Protesto

Quase dois mil policiais compareceram a assembléia desta quinta-feira. O espaço do Cotinguiba ficou pequeno para acomodar o grande contingente que manifestou revolta e descontentamento com a falta de avanço nos encontros realizados com o secretário Kércio Pinto e com o comandante da PM, coronel Magno Silvestre. “Estivemos reunidos por três meses com o secretário e ao final das negociações, ele afirmou não possuir poder de decisão quanto às demandas da categoria”, reclamou o sargento Vieira, da Caixa Beneficente da PM.

Em frente à SSP, os policiais militares cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem por mudanças na forma como a segurança está sendo levada no Estado. O representante das associações, Edgar Meneses chamou a atenção para o fato de que o policial também faz parte da sociedade e deve ser respeitado. “A nossa luta é por reconhecimento e valorização”, ressaltou ele.

Policiais querem isonomia salarial com a Polícia Civil
Agenda

A movimentação dos policiais não foi exclusiva a esta quinta-feira. Em assembléia, eles votaram por uma extensa série de atos públicos que visam pressionar o Governo do Estado para que faça uma contra proposta. No dia 30 de março, a categoria irá à Assembléia Legislativa para pedir a criação de uma Comissão de Segurança Pública, para discutir o orçamento da pasta. No dia 02 de abril, eles realizam protesto em frente ao Palácio dos Despachos. A programação inclui ainda doação de sangue e queima do Soldo (em alusão a queima do Judas que acontece durante a Páscoa).

Vigília e nova assembléia

Dando continuidade aos protestos, os policiais realizam uma vigília de 24 horas em frente ao Palácio dos Despachos e para o dia 23 de abril, ficou marcada uma nova assembléia. “Caso não haja avanços, a categoria vai paralisar”, ressaltou o sargento Vieira. Em não havendo negociação, os policiais pretendem montar um acampamento permanente como forma de paralisação. Atualmente, existem mais de seis mil policiais militares e cerca de 800 bombeiros em Sergipe.

Por Valter Lima

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