Policiais reclamam falta de estrutura em contêiner do Jardins

Contêiner instalado no bairro Jardins
Policiais que trabalham no contêiner da Polícia Militar (PM) instalado recentemente no canteiro ao lado do Banese e do Shopping Jardins estão reclamando a falta de estrutura no local. Sem água, sem energia elétrica, sem telefone, sem sanitário [existe, mas não pode dar descarga, porque os dejetos vão para o canteiro] e enfrentando o forte calor, eles dizem estar contando ainda com a insegurança, já que a visibilidade é total por conta das portas e paredes de vidro. A situação foi denunciada na manhã desta terça-feira, 24 no Ministério Público de Sergipe (MP).

A denúncia foi feita ao promotor Deijaniro Jonas, da Promotoria de Defesa Comunitária, pelo sargento Edgard Menezes, da

Veja o que acontece quando os policiais dão descarga: sai tudo no canteiro
Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar de Sergipe. “A situação no local está insustentável. Colocaram o contêiner dando o nome de PAC [Programa de Atendimento ao Cidadão] na frente de um shopping onde funcionam agências bancárias, joalherias; no fundo de um banco e na lateral de um posto de combustível, ou seja, numa área propícia a assaltos, sem que haja qualquer estrutura ou segurança para os policiais e para a população”, lamenta Edgard Menezes.

Ele enfatizou que “os vidros da frente não são à prova de bala, não existe ar-condicionado e se os dois policiais que ficam de plantão precisarem ir ao banheiro, não podem, porque se derem descarga, os dejetos vão parar no canteiro. Entendo que contêiner de ferro não é lugar nem de policial trabalhar, nem de receber cidadão. É totalmente inadequado. Não tem nem energia e nem água”, destaca sargento

Estrutura interna do contêiner
Edgard, ressaltando estar contando com a ajuda do Ministério Público para solucionar o problema.

Sem comunicação

A reportagem do Portal Infonet esteve no local para conversar com os policiais, que não quiseram se identificar, mas confirmaram tudo que foi relatado na manhã desta terça ao promotor Deijaniro Jonas. “Nós queremos trabalhar, mas não estão nos dando condições. Temos famílias, filhos pra criar e se acontece alguma coisa, não temos a menor segurança. Estamos aqui sem água, sem energia, sem telefone, sem poder usar o banheiro, tendo que pedir favor ao pessoal do Banese,

Sargento Edgard levou o problema ao Ministério Público Estadual
que tem nos ajudado cedendo o banheiro” reclama um dos oficiais.

“Para você ter idéia do que passamos, o desembargador Luiz Mendonça sofreu um atentado há poucos metros daqui e ninguém nos avisou. O pior é que os bandidos queimaram o carro ali pertinho, na rua em que costumamos passar todos os dias. Já pensou se um de nós está passando no local, de farda e encontra os bandidos? Com certeza não estaríamos aqui para lhe contar o que estamos passando. Nós só ficamos sabendo uma hora depois”, acrescenta o policial, ressaltando que a partir do próximo sábado, 28, passarão a trabalhar das 8h à meia-noite. Atualmente passam o dia.

Contraponto

O assessor de Comunicação da Polícia Militar de Sergipe, capitão Robson Donato, afirmou que “realmente nesse momento a gente está contando com a colaboração dos parceiros, quanto à utilização do banheiro, pois ainda não foi feita a parte de saneamento. Mas a adequação do banheiro está sendo providenciada e quanto à falta de ar-condicionado, assim que for instalada a energia, ele pode ser colocado”.

Ele disse também que “o policiamento é feito somente pelo dia e que o contêiner serve como apoio e como policiamento ostensivo. Quem deve fazer o policiamento são os policiais e não o contêiner. Os policiais não precisam passar todo o dia dentro dele. E podem ainda utilizar os banheiros na  Companhia de Polícia Militar, ao lado da Delegacia do Leite Neto. Se for andando gasta-se poucos minutos, mas esse deslocamento pode ser feito rapidamente pelos policiais por meio da utilização das viaturas. Essa questão dos banheiros é temporária. É bom deixar claro que não estamos destratando os policiais, mas não entendo qual a conexão da falta de banheiro e o que estão tentando justificar no Ministério Público”, ressalta o capitão Donato.

Por Aldaci de Souza 

OBS: A matéria foi alterada às 12h34 para acréscimo de informações.

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