Postos de gasolina podem ser proibidos de vender bebidas alcoólicas

Lojas de conveniência são os pontos preferidos dos jovens para comprar bebidas
Um projeto polêmico está prestes a virar lei federal. A proposta prevê a proibição do comércio e ingestão de bebidas alcoólicas destiladas e fermentadas, como cerveja, nos postos de combustível, lojas de conveniência e estabelecimentos comerciais fora do perímetro urbano. O projeto de lei foi aprovado ontem, 7, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e segue para a Câmara dos Deputados sem passar pelo plenário, somente pelas comissões.

O único senador que votou contrário à aprovação do projeto foi o sergipano Almeida Lima (PMDB-SE). “Esse é um projeto faz de conta. No Congresso tem muito disso. Tem muito projeto onde os congressistas tentam passar para a opinião pública como se fosse a solução ou o remédio para todos os males”. Para Almeida, essa não é a melhor solução para inibir o consumo de álcool por motoristas e os conseqüentes acidentes de trânsito. Os senadores alegam que esses pontos são lugares de

Senador Almeida Lima foi o úncio a votar contra a proposta
reuniões de jovens, mas “se proibirem em alguns locais eles criarão outros pontos, sempre foi assim”, argumenta.

O presidente do Sindicato dos Postos de Gasolina de Sergipe, Luciano Levita, declara que a proposta de lei é muito restritiva. “nós somos contra essa lei tem algumas contradições e a gente não entende o motivo dele. Uma coisa é o motorista beber e dirigir. A gente entende que um passageiro do veículo deve ter o direito de beber desde que ele não dirija. Esse cidadão será penalizado em seu direito”, afirma.

Atualmente, em Aracaju é comum presenciar cenas de grupos de jovens motoristas consumindo bebidas alcoólicas. A venda desse tipo de produto é significativa em alguns postos da cidade localizados em pontos estratégicos, como na zona sul da cidade e próximos a boates e casas de shows. “O movimento aqui é maior no sábado a noite. Muitos jovens passam e compram bebidas antes de ir para as festas. Tem gente que já chega aqui bêbado”, declara o supervisor de uma loja de conveniências Hugo Leonardo dos Santos.

Ítalo Emanuel é contra o projeto de lei
Para o segurança Ítalo Emanuel, o consumir álcool e dirigir é uma decisão que “vai da cabeça de cada um, a pessoa bebe se quiser”. Ele acrescenta que “se não for num posto de gasolina a pessoa vai comprar bebida num supermercado 24 horas, por exemplo”. Na opinião do presidente do sindicato, “essa restrição parece uma diferença particular para os postos”.

Saída

O senador Almeida Lima, aponta algumas possíveis tentativas para amenizar o alto índice de acidentes de trânsito aliados á bebida. “Porque  não criar um projeto que obrigue o motorista a fazer o teste do bafômetro? Atualmente ele se submete se quiser”, sugere.

Outra medida seria, segundo ele já existe um projeto no Senado, do qual é relator, que estabelece a proibição da veiculação de propaganda de bebida alcoólica nos meios de comunicação.

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Por Carla Sousa

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