Praia da Costa: construções continuam ameaçadas

Construções continuam sendo erguidas
Moradores e comerciantes da Praia da Costa, município de Barra dos Coqueiros, se reuniram na manhã desta quinta-feira, 22. A reunião foi motivada pela preocupação com a possibilidade de terem suas construções derrubadas por conta de uma ação do Ministério Público Federal (MPF). No local existem 183 contruções, sendo 33 bares e restaurantes e 150 residências.

O prefeito da Barra, Gilson dos Anjos, se fez presente ao encontro, convocado pelas associações locais, e afirmou que “qualquer luta contra o MPF é preocupante”. No entanto, ele garantiu que irá solicitar em audiência com o órgão federal, marcada para novembro, que permaneça tudo como está. Mas

Gilson disse que tentará achar uma saída
declarou que, “precisamos estar conscientes que podemos perder essa luta. Não quero criar falsas ilusões”.

O sentimento geral da população é de não deixar o local. Mas diante da ameaça, resta apenas a incerteza. “Quero saber aonde vamos ficar? Essa situação é ruim demais!”, afirmou Camile Matos, moradora e comerciante local. Segundo o prefeito Gilson, existe um projeto para a construção de uma Orla na Praia da Costa, local para onde seriam realocados os comerciantes. No entanto, a viabilização do projeto depende de verbas estaduais e federais.

Moradores realocados

Peter acredita que nada poderá ser feito para reverter situação
Já as pessoas que vivem no local seriam levadas para outra área, onde a prefeitura, através de parcerias, buscaria recurso  para a construção de moradias. Há apenas oito meses morando no local ameaçado, a advogada paulista Maria Aparecida Peres Gigliotti, acredita na possibilidade de manter as construções na praia.

“Quando me mudei já sabia dos riscos, mas o Brasil foi povoado desta forma. E acredito que se nós nos mantivermos aqui preservando o local e não como usurpadores, eles deixarão a gente ficar”, pontuou Maria Aparecida.

Mas, nem todos tem a mesma opinião. Para o aposentado Peter John, que possui casa de veraneio na praia há mais de seis anos, “não há nada que possamos fazer”. “Todos sabemos como age o Ministério Público, vamos perder e pronto. Mas, o certo era não ter deixado construir”, declarou.

Reunião foi uma iniciativa de mobilizar a comunidade
Pedido da Adema

No último dia 9 alguns donos de bares e moradores da praia da Costa receberam da Adema um auto de infração por estarem ocupando um espaço de preservação de forma irregular. “Para a nossa defesa eles pediram que a gente apresentassem uma licença ambiental, mas esse documento ninguém aqui possui”, afirmou Carlos Eduardo, proprietário e representante da associação de moradores e comerciantes do local.

Segundo Carlos Eduardo, o órgão ambiental teria sido provocado pelo MPF. Ele conta que foi feita uma lista de exigências para que as pessoas que foram notificados e os demais ocupantes do local, permanecessem. “Só que são impossíveis de serem cumpridas”, declarou.

Por Carla Sousa

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