Além de ter uma das orlas mais belas do Brasil, Aracaju também é destaque nacional como a capital “que mais tem praias boas em todo o litoral do país”, conforme levantamento feito este mês pelo jornal Folha de S.Paulo, em comparação ao ano de 2019.
De acordo com a Folha, das dez praias aracajuanas, seis são boas e não estiveram impróprias para banho em nenhum momento do ano, inclusive, levando em consideração as manchas de óleo que atingiram o litoral nordestino, em setembro daquele ano.
Entre as razões que contribuem para o destaque em balneabilidade estão as constantes manutenções e limpeza das praias e região, além do trabalho de educação ambiental, realizados pela Prefeitura de Aracaju.
Continuamente, as praias da capital recebem limpeza para a retirada de resíduos sólidos, tanto para a coleta de lixo de bares e restaurantes que ocupam o litoral da capital, assim como de toda a faixa de areia, inclusive com o uso da máquina saneadora.
“Isso mantém a orla totalmente limpa, tanto na parte de estrutura física de alvenaria, na região da avenida Santos Dumont, como também na areia da praia e das passarelas que dão acesso à área que é lavada pelo mar, como dizemos”, destaca o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Luiz Roberto Dantas.
Desde março de 2020, a Prefeitura de Aracaju assumiu a administração da Orla da Atalaia, assim como as demais orlas da capital (Pôr do Sol, Porto Dantas, Bairro Industrial, Viral) e, assim, realiza a manutenção diária, seja do paisagismo, pintura do meio-fio, varrição, substituição de lâmpadas.
“Isso faz parte da rotina diária e a Prefeitura enxerga isso como prioridade. Essa limpeza e organização interferem, diretamente ou indiretamente, na balneabilidade, além dos testes químicos que são realizados pelos órgãos competentes”, complementa Luiz Roberto.
Educação ambiental
Outro importante viés que contribui para os resultados exitosos é o trabalho de educação ambiental, a exemplo do Projeto Praia Limpa, uma iniciativa da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), que visa sensibilizar tanto banhistas quanto comerciantes sobre o descarte correto do lixo que se produz.
“A equipe de Educação da Sema percorre todas as praias de Aracaju, ao longo do ano, mas intensifica isso durante o evento Praia Limpa, o qual já desenvolvemos três edições, neste ano. Além disso, trabalhamos com os cuidados às vegetações existentes na região, como os manguezais e restingas, e tudo isso entra na política de preservação. A ideia da Prefeitura é focar na conscientização e não na punição, inclusive, envolvemos, nesse projeto, alunos das escolas da capital”, destaca o secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Alexander Lemos.
O gestor considera, ainda, que a atenção da Prefeitura com relação às obras realizadas na extensão das praias é fator significativo. “O licenciamento dado pela Prefeitura para as obras realizadas na região, por exemplo, a da Orla Sul, por parte do Governo do Estado, leva em consideração a preocupação ambiental, recolhimento de resíduos e organização dos bares e restaurantes, e isso influencia, de alguma forma, na qualidade das praias”, frisa Alan.
Esgotamento sanitário
A boa condição das praias sente, também, os efeitos do cuidado com o esgotamento sanitário, como explica o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sergio Ferrari.
“Há algum tempo, toda obra que a Prefeitura tem feito está incluído, quando não há esgotamento sanitário feito pela Deso, a implantação desse esgotamento, então, com essa ação, todas as obras que têm sido realizadas na periferia da cidade, como Jardim Bahia, Rosa do Sol, Joel Nascimento, Moema Mary, Jardim Indara, Tia Caçula, Paraíso do Sul, têm como um dos componentes a execução do esgotamento sanitário, ou seja, estamos contribuindo para que o esgotamento, que antes era direcionado aos rios e acabavam saindo na praia, não carreguem mais poluentes”, saliente Ferrari.
Essa contribuição, complementa o secretário da Infraestrutura, “talvez seja mais importante do que todas as outras porque a quantidade de serviços e obras que foram feitas nos últimos cinco anos na periferia, de certa maneira, ajudou a ampliar a cobertura do esgotamento sanitário de Aracaju em quase 15%”, frisa.
“Além disso, qualquer novo empreendimento realizado na cidade, antes de darmos a licença, a empresa tem que comprovar que existe o tratamento de esgoto adequado”, salienta Ferrari.
Fonte: PMA
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