A Prefeitura Municipal de Aracaju deve anunciar até sexta-feira, 22, se anula ou não o concurso da Secretaria de Educação. Os candidatos pedem o cancelamento no Ministério Público Estadual (MPE), por causa de um erro de impressão entre o cartão de resposta e o caderno de questões emitidos pela Cespe, organizadora do concurso. O caso foi tema de audiência durante a manhã dessa segunda, 18, na sede do MPE. Audiência no MPE discutiu anulação do concurso
O promotor Luis Fausto Valois buscou um entendimento entre os candidatos e a PMA, visando a realização de uma nova prova. “A documentação demonstra que houve uma irregularidade em relação a impressão do caderno de respostas, o que acabou gerando uma insegurança entre os candidatos. Nós recomendamos à Prefeitura que anule o concurso”, diz o promotor.
A secretária de Administração, Lucivanda Nunes, afirma que a anulação não é interessante. “Entendemos que mais de quatro mil pessoas que fizeram a prova podem ser prejudicadas se o concurso for anulado. Houve um erro material, que foi contornado adequadamente e a PMA não pode prejudicar a maioria, por causa de uma minoria que descumpriu as orientações da prova”, diz a secretária. O promotor Luis Fausto Valois pede que a PMA realize uma nova seleção
Lucivanda se refere aos aproximadamente 150 candidatos que abandonaram a prova no meio da sua execução por não entender o erro de impressão cometido pela Cespe. A secretária pediu ao MPE que ouvisse os coordenadores de provas para entender o que houve na ocasião. “Precisamos ouvir os coordenadores das provas antes de tomar alguma decisão”, reafirmou o representante da Cespe, Raimundo Cosmo.
No entanto, os candidatos argumentam que até os que fizeram a prova foram abalados psicologicamente pelo erro da entidade organizadora. “O erro prejudicou a todos, e nós esperamos que a prova seja anulada. Tudo está muito claro nos autos”, disse Maria Cristina da Conceição, candidata do concurso. A secretária Lucivanda Nunes afirma que não é de interesse da PMA cancelar o concurso
Outro problema apontado pela Prefeitura para a não revogação da prova são os custos de um novo processo de seleção, que seriam barrados por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. O ano eleitoral também é tido como impedimento à realização de uma nova prova.
O promotor Luis Fausto afirmou que no caso da PMA não determinar a anulação, será aberta uma ação judicial para conseguir a realização de um novo concurso.
Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa
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