Durante palestra na Assembléia Legislativa de Sergipe, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, disse que considera aviltante e vergonhoso o piso salarial dos profissionais de imprensa em Sergipe. Os jornalistas têm hoje um salário mínimo de R$ 684,36, que corresponde à pior remuneração do mercado em todo o Brasil e quase a metade do piso em Alagoas. Apesar disso, Murillo acha que é razoável que o piso salarial de Sergipe seja menor que o de São Paulo, mas não concorda que os profissionais alagoanos ganhem cerca de R$ 1 mil a mais que os sergipanos. Pra tentar mudar a situação, a Federação estaria se engajando à campanha salarial do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe em 2006. Na pauta, está a valorização do profissional e a exigência de concurso para assessores de órgãos públicos. Sergio admitiu ainda que o domínio político cresceu nos meios de comunicação. Para o dirigente, o “coronelismo” eletrônico nas redes de televisão e a monopolização dos jornais ameaçam a liberdade de imprensa e a democratização das empresas de comunicação. Outra meta da Fenaj é a criação do Conselho Federal de Jornalismo. Na avaliação Murillo, o Conselho é essencial para zelar pela qualidade do trabalho jornalístico e pela aplicação do Código de Ética. “O código evitará que se mexa com a liberdade de imprensa, desde que seja exercida com responsabilidade”, resume.
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