Em audiência realizada na manhã desta terça-feira, 21, no Ministério Público de Sergipe, ficou decidido que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) irá pedir ao Ministério Público Federal (MPF) um novo entendimento na destinação de multas aplicadas por danos ambientais para a prevenção, tratamento e recolhimento de animais em rodovias federais.
Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Eduardo Matos, é preciso se investir em políticas públicas para coibir esses acidentes. “Nós recebemos um representante da UFS [Universidade Federal de Sergipe] para debatermos esse assunto. A UFS possui um Hospital Veterinário, mas não tem estrutura física de receber animais de grande porte, então isso dificulta um convênio entre a universidade e a PRF”, diz Matos.
Ainda segundo o promotor, seria interessante que essa parceira pudesse acontecer, assim poderia haver o recolhimento e tratamento dos inúmeros animais encontrados nas rodovias federais. “Somente no ano passado, a PRF registrou mais de 600 animais nas rodovias federais. A UFS tem a mão de obra, mas falta a estrutura”, pontua. Dessa maneira, o promotor diz que a PRF pedirá uma readequação no tocante à destinação das multas por crimes ambientais para que elas possam possibilitar um convênio entre a PRF, a UFS e também o Ibama. “Assim, esses animais de grande porte poderiam ser reabilitados no Hospital Veterinário, por exemplo”, afirma.
Matos ressalta também os números de vítimas por acidentes envolvendo animais nas estradas federais. “Em 2018 foram 22 acidentes relacionados à animais soltos na pista. Em 2019, esse número aumentou para 41 acidentes. É um problema muito grave”, diz. “É bom lembrar também que o dono do animal responde criminalmente em caso de acidentes como estes”, acrescenta.
por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos
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