Processo contra ex-presidente da Coopertalse é anulado pela justiça

Valdenes Ferreira acredita que tudo não passou de uma tentativa de desmoralizar sua gestão (Foto: arquivo Portal Infonet)

O Ministério Público Estadual de Sergipe (MPE) pediu o arquivamento do inquérito policial aberto contra o ex-presidente da Cooperativa de Transportes de Sergipe (Coopertalse) Valdenes Ferreira, por entender que não houve indícios de apropriação indébita ou prática de qualquer ilícito penal. Segundo o MPE, em seu parecer, a autoridade policial encerrou o procedimento investigatório concluindo pela não comprovação da materialidade delitiva.

O pedido de arquivamento do inquérito policial foi prontamente acatado pela juíza Vanessa Neves Serafim Souto, da 1ª vara criminal de Aracaju/SE, afirmando que “apesar das diligências efetuadas, não se conseguiu angariar provas acerca da materialidade delitiva, pois não houve sequer indícios mínimos para se instaurar uma ação penal, tendo em vista a ausência de justa causa”.

A investigação foi instaurada em 2017 a pedido de um grupo de cooperados para esmiuçar as contas da gestão de Valdenes Ferreira na presidência da Coopertalse. Concomitantemente a apuração no âmbito criminal, também foi ajuizado um processo cível que resultou no afastamento de Valdenes do cargo, além do bloqueio dos bens. Um perito indicado pelo juiz de primeira instância analisou o balanço financeiro e não encontrou qualquer irregularidade nas contas da cooperativa.

A investigação comprovou que nos 18 anos em que esteve à frente da Coopertalse, todas as contas da gestão de Valdenes Ferreira foram aprovadas sem nenhuma ressalva pelo Conselho Fiscal e Assembleia Geral, com a participação democrática e transparente de todos os cooperados.

Durante o julgamento de recurso interposto por Valdenes Ferreira, o Tribunal de Justiça de Sergipe julgou procedente a apelação cível para determinar a anulação da sentença de 1º grau, pois foi constatado que no processo havia uma irregularidade processual grave, que determinava o pagamento de uma indenização à Coopertalse, sendo que a cooperativa sequer fazia parte do processo.

Com o arquivamento da investigação criminal e a anulação da sentença cível que o condenava a ressarcir valores a quem sequer ingressou na justiça, Valdenes acredita que tudo não passou de uma tentativa de desmoralizar sua gestão para atender interesses políticos escusos. “Se existe um processo em andamento, é natural que se espere o resultado final para divulgar. Neste caso, tentaram fazer uma espetacularização da denúncia para me prejudicar, mas a justiça foi feita e a verdade foi restabelecida”, disse Valdenes.

Fonte: assessoria de imprensa

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