O procurador da República Valdir Teles marcou para as 10h de hoje, 14, o depoimento do sócio-gerente da MSS Comércio e Representações de Serviços Ltda, Unaldo de Sá Farias. A empresa foi a fornecedora de 123 mil quilos de carne para a merenda escolar da rede estadual de educação. O Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Sergipe (Síntese) denunciou no fim do ano passado o não repasse desses alimentos para várias escolas.
A Polícia Federal deve estar indicando nos próximos 20 dias o nome do delegado que irá receber o inquérito de investigação do caso. Os processos de investigação do Ministério Público e da Polícia Federal estarão sendo realizados simultaneamente.
O caso
Em dezembro do ano passado o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) fez uma denúncia ao Ministério Público relatando o desvio de carne da merenda escolar. Baseado nos depoimentos de alguns diretores, professores e alunos das escolas o sindicato analisou o processo de licitação e concluiu que o estado gastou R$1 milhão em carne, e essa não foi repassada às escolas.
O valor corresponde a 1/5 de toda verba gasta para alimentação. “O mais perigoso é que as escolas não receberam, mas há as guias de recebimento assinadas, porém sem data de recebimento”, disse Roberto Silva, diretor de comunicação do Sintese. Na sexta-feira passada o sindicato se reuniu com o Secretário de Edcuação, José Fernandes de Lima, para discutir o resultado da sindicância interna sobre o caso.
O levantamento do Sintese concluiu que entre as escolas que não receberam a carne estão: Escola São José – Malhador; Felisbelo Freire – Itaporanga; Arnindo Guaraná – São Cristóvão; e Marinalva Alves – Socorro.
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