Procuradores do município podem parar dia 27
Segundo a presidente da Associação dos Procuradores do Município, Conceição Vasconcelos, na reunião realizada na sede da Secretaria de Administração há vários dias, a informação dos representantes do prefeito Edvaldo Nogueira, foi de que além do reajuste de 1%, haveria uma ajuda de custo no valor de R$ 1.200. “Só depois, veio a notícia de que esse auxílio-transporte seria de apenas R$ 408 e para a nossa surpresa, oficialmente a categoria não recebeu nada até agora”, lamenta. Estudo comparativo Apoio da OAB Para o presidente da OAB Sergipe, Henri Clay Andrade, a situação dos procuradores do município de Aracaju é dramática. “A luta dos procuradores que são advogados é uma luta nossa, da OAB pela valorização da categoria que exerce um trabalho de alta relevância no município. A situação não somente dos procuradores, mas de todos os servidores do município com o reajuste de 1% é dramática. Se gerou um clima muito forte de tensão”, entende. Henri Clay Andrade disse ainda ser necessário e fundamental que o prefeito Edvaldo Nogueira e seus assessores reflitam humildemente e reabram um diálogo firme e sincero. “Estou tentando há mais de 20 dias, esse diálogo com o prefeito, mas ainda não conseguimos. Provavelmente ele está muito ocupado, mas vamos insistir em sermos o mediador dos procuradores municipais”, garante o presidente da OAB. Por Aldaci de Souza
Procuradores do município de Aracaju realizaram na tarde desta terça-feira, 14, uma assembléia geral extraordinária no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE). A categoria continua inconformada com o fechamento do canal de negociações por parte da Prefeitura de Aracaju e decidiu aguardar que o prefeito Edvaldo Nogueira receba o presidente da Ordem, Henri Clay Andrade para um diálogo, marcando nova assembléia no próximo dia 27, quando pode ser deflagrada ou não, uma greve. Assembléia no auditório da OAB
Ela ressaltou que o auxílio-transporte seria apenas para os 60 procuradores da ativa e não para os 15 inativos. “A prefeitura está usando dois pesos e duas medidas. Estamos lutando por um piso de R$ 9 mil juntando todos os penduricalhos, pois os procuradores de Aracaju ganham R$ 473 mais R$ 3 mil de produtividade. Queremos a incorporação dessa produtividade, assim como aconteceu com outras categorias, a exemplo do pessoal do Fisco. O pessoal está impaciente, principalmente porque o canal de negociações foi fechado”, enfatiza Conceição Vasconcelos. Conceição Vasconcelos: “incorporação”
De acordo com o procurador Antonio Rolemberg, foi elaborado um estudo comparativo com 14 municípios. “Esse estudo já foi apresentado à comissão de negociação, mas até agora não nos foi dada qualquer resposta. Encontramos cidades com orçamento anual de R$ 600 mil reais que pagam duas vezes mais do que Aracaju, que tem um orçamento de R$ 1 bilhão. Em Natal, cuja população e o orçamento são menores, um procurador ganha R$ 14 mil e em Manaus, em torno de R$ 12 mil”, explica Rolemberg. Procurador Antonio Vasconcelos
Sem diálogo Henri Clay: “Vou insistir no diálogo com o prefeito”