Professor do Cefet é assassinado

Ontem, dia 3 de julho, por volta das 20h15, um crime chocou o bairro Salgado Filho. Trata-se do assassinato de Antônio Cloves Barbosa Monteiro, 50 anos, professor da Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet/SE). De acordo com o relato do delegado Alexandre Pires, a Polícia Ambiental foi acionada pelos vizinhos que ouviram um pedido de socorro da vítima e partiram em seu socorro dificultando, inclusive, a fuga do suspeito.

O acusado do crime é Aérton Silvio Resende, 26 anos, estudante de Direito da Universidade Tiradentes (Unit), residente no bairro Siqueira campos, que foi preso em flagrante e encontra-se detido na 4ª Delegacia Metropolitana da capital. O delegado relata que ele não conseguiu escapar do local pelo fato da residência ser gradeada e da chegada dos vizinhos da vítima. O acusado também não resistiu à prisão, tendo de pronto confessado o crime, transparecendo estar tranqüilo apesar das circunstâncias, explicou o delegado.

À polícia o acusado disse que conhecia Monteiro há cerca de quatro anos, quando foi aluno do mesmo. Desde de então eles manteriam uma cordial relação aluno-professor sem grande proximidade. O acusado relatou que aquela foi a única vez que esteve na  casa do professor e que só teria ido ao local, pois ele encontrava-se desempregado e Monteiro teria lhe dito que tinha um proposta de emprego para ele.

Segundo explicações conseguidas pelos investigadores, Resende disse que ele e a vítima encontravam-se conversando sobre o possível emprego quando Monteiro teria se insinuado sexualmente para ele que, de imediato, teria repelido o professor. O estudante acrescentou que até aquele momento nunca tinha percebido qualquer sinal de homosexualidade no professor. Resende continuou seu relato à polícia dizendo que mesmo diante de uma recusa, Monteiro teria insistido e tentado agarrá-lo a força. Neste instante teria começado uma breve luta corporal que terminaria com a morte do professor.

De acordo com o delegado Alexandre Pires, o acusado disse que durante a briga pegou um estilete, que encontrava-se na estante da casa da vítima, e desferiu um golpe que atingiu a garganta do professor provocando uma morte quase que instantânea devido a perda de sangue. Sobre as medidas que devem ser tomadas, o delegado explicou que “as investigações irão continuar para que não paire nenhuma dúvida”. O acusado deve permanecer na delegacia até a conclusão do inquérito para então ser encaminhado para a Penitenciária de Aracaju.