Professores do município mantém greve

Independente do anúncio do prefeito Marcelo Déda, concedendo 10% de reajuste salarial a todos os funcionários públicos municipais, os professores de Aracaju mantiveram a greve anunciada para o dia de hoje. Os professores esperam deixar os 37 mil alunos da rede sem aulas, ao menos hoje e amanhã, numa espécie de advertência. É que eles querem um reajuste de pouco mais de 27%.

O Prefeito Marcelo Déda, ao anunciar o reajuste de 10%, explicou que o município compromete mais de 53% de sua receita com o pagamento dos servidores, estando bem próximo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. E que, portanto, não há margem para maiores negociações.

Os 10% concedidos pelo prefeito já serão creditados com o salário do mês de maio. O índice é para todas as carreiras – um aumento linear que ultrapassa o índice de inflação medido pelo Governo Federal que, nos últimos 12 meses, ficou em cerca de 7%. O Governo do Estado, por seu turno, ainda não anunciou o reajuste dos servidores.

MOBILIZAÇÃO – Agora pela manhã, uma comissão formada por membros da diretoria do Sindipema e professores da rede municipal estão percorrendo as escolas do município no intuito de mobilizar e dialogar com eventuais professores que ainda estejam dando aula.

Segundo a presidente da entidade, Inês Malta, no final da tarde, a mesma comissão, deve se reunir na sede do Sindicato para avaliar os acontecimentos do dia. “Hoje é o nosso primeiro dia de greve e nós estaremos fazendo uma mobilização, a partir das 7 horas nas escolas municipais. No final da tarde, faremos uma avaliação das atividades do dia e na quarta-feira, a tarde, teremos uma Assembléia para debater a paralisação e os futuros encaminhamentos”, explicou Inês.

DÉDA – Hoje pela manhã, o prefeito Marcelo Déda falou mais uma vez sobre o reajuste salarial concedido aos servidores do município. O administrador municipal reafirmou novamente que a PMA não tem como dar um reajuste maior. “Chegamos ao nosso limite. Nós mostramos com muita clareza que não adianta dar um reajuste e não poder pagar ou atrasar pagamentos dos servidores e dos fornecedores”, reafirmou o prefeito.

Marcelo Déda colocou ainda que confia no Sindipema e nos demais funcionários para entenderem que a PMA chegou ao limite do que podia conceder. “Se não estou avançando é porque eu não tenho condições. Eu não tenho mais dinheiro. Estaremos realizando uma reunião com o secretariado para discutirmos os limites dos gastos de cada Secretaria”, comentou o prefeito que completou que a reivindicação desta greve dos professores ele não pode atender. 

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