Os professores da rede estadual de ensino e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Síntese) entregaram esta manhã uma nova proposta para o processo de avaliação do desempenho dos professores em estágio probatório para a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Educação (SEED), Hortência Maria Pereira Araújo. Joel Almeida
O objetivo do documento é regulamentar estes professores e solicitar algumas reivindicações de direitos que não vêm sendo cumpridos. “A proposta entregue hoje foi definida no último sábado com a participação dos professores em estágio probatório. Vários pontos da portaria, encaminhada pela SEED, não agradou a categoria e estamos entregando uma contraproposta”, explicou o presidente do Sintese, Joel Almeida.
Apesar de não ter marcado nenhum dia para que o secretário José Fernandes Lima responda a categoria sobre o assunto, Hortência Araújo comentou que este é um problema que necessita ser resolvido logo, já que o prazo probatório de alguns professores termina em abril.
Um dos pontos questionados pela classe é a avaliação do professor em estágio probatório ser feita apenas pelo chefe imediato. “Neste caso é o diretor de escola e este julgamento acaba sendo parcial. Esta avaliação coloca em jogo a estabilidade de alguém e até a exoneração do profissional, que passou no concurso e que já está há três anos na rede de ensino, nas mãos de uma só pessoa. E na nossa proposta esta avaliação seria feita pelo conselho escolar”, explica o sindicalista.
Os professores também acreditam que a média a ser alcançada no concurso proposta pela portaria é alta. Atualmente, o professor para estar apto a ser nomeado no serviço público necessitaria acertar no mínimo 50%, sem contar com a concorrência do número de inscritos. “E a proposta da secretaria é de elevar para sete a média, o que tornaria muito rigorosa”, julga Joel.
Outro ponto da pauta que sempre é apresentado e nunca foi atendido por outros governos é com relação a gratificação de interiorização e a disponibilidade de transporte. “Em alguns casos não há linhas de ônibus ou táxi disponíveis. Hoje a maioria dos professores que moram em cidades diferentes das quais trabalha consome grande parte do seu salário em transporte”, comenta. Professores reunidos na frente da SEED
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Por Raquel Almeida