A valorização profissional e o reajuste salarial são alguns dos 17 pontos abordados na campanha salarial de 2007. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) realizou o lançamento da campanha na manhã de hoje, 4, com um ato nas proximidades da Caixa Econômica Federal do Calçadão da João Pessoa. Vários professores se reuniram para reivindicar seus direitos.
O mote da campanha é ‘Chegou a hora de valorizar o professor, de iniciar uma nova educação’, fazendo alusão à campanha de mudança do governador Déda durante as eleições. “A gente entende que a pauta de mudança vai acontecer se as nossas reivindicações forem atendidas pela Secretaria de Educação”, declarou o presidente do Sintese, Joel Almeida.
Ele afirma que o secretário José Fernandes de Lima têm recebido a classe, “mas só receber não é o suficiente”. Da mesma opinião compartilha o professor Neilton Diniz, que leciona na rede estadual há 15 anos. “A nossa campanha tem um claro objetivo. Forçar o governo, que nós estamos considerando moroso, a abrir canais de negociação e fazer as mudanças insinuadas na campanha”, disse.
O professor lembrou que além do reajuste salarial, a classe luta por uma política de valorização profissional. Isso inclui a formação continuada, com incentivos aos professores para prosseguir nos estudos, e o seguimento das políticas de acesso às novas tecnologias como o Proid. Lançamento da campanha salarial 2007
“Se a gente conseguir isso teremos um professor mais qualificado, e disposto a dar mais qualidade ao aluno de escola pública. E aí esses alunos podem lutar num terreno de igual para igual com os alunos de escolas ditas particulares”, falou Neilton.
O salário base do professor de nível médio atualmente é de R$ 390 e nível superior chega a R$ 620 .
Proposta do Governo Federal
Recentemente o Governo Federal propôs uma nivelação do salário dos professores estaduais a nível nacional um valor próxima a R$850,00. O presidente do Sintese não concorda com o plano proposto. “É uma proposta absurda. Vai demandar muitas emendas do Senado, porque trabalha com o piso de R$850 mas não diz se é com nível médio ou superior. Isso elimina a progressão de carreira”, diz Joel. Presidente do Sintese, Joel Almeida
Outro ponto que preocupa a classe é a gradatividade do processo. “Os R$850 não são imediatos, são gradativos até 2009, isso deve ser discutido. Outro ponto é o piso e o teto. Ele estabelece o menor, mas não o maior. Deve ser feito um plano de carreira”, completou o professor.
Matérias relacionadas:
Professores entregam nova proposta para SEED
Índice de revisão salarial dos professores fica em 31%