A frente da Secretaria de Estado da Educação (Seed) foi tomada na manhã desta quinta-feira, 17, por representantes do magistério estadual sergipano em manifestação. Os professores reivindicam uma maior transparência por parte do órgão, além de mudanças na política educacional seguida pela Secretaria. Joel cobra apresentação da folha de pagamento
“Este ato tem dois objetivos principais: queremos o acesso à folha de pagamento e o fim dos pacotes educacionais, como o Se Liga e o Acelera”, informa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), Joel Almeida.
Ele conta que os programas seguidos pela Seed foram implantados com o objetivo de diminuir a evasão escolar e acelerar a passagem do aluno de uma série para outra, mas eles não funcionam de forma satisfatória. “Hoje temos alunos que, por causa do programa, são transferidos da terceira para a sexta série, massacrando o processo ensino-aprendizagem”, diz.
Almeida sugere um amplo debate para repensar esse processo, ouvindo os professores e os educadores de forma geral. Já em relação à transparência pedida pelo Sintese à Seed, a categoria dos professores está solicitando a apresentação da folha de pagamento para tomar conhecimento de “quem está recebendo demais e o motivo”.
“Na nossa última reunião com o secretário fomos informados que a média salarial dos professores é de R$ 1600. Queremos saber onde está essa ‘gordura salarial’, visto que essa média está muito acima dos salários de muitos professores”, declara.
Apesar dos pedidos, o secretário de Educação, José Fernandes de Lima, disse que não apresentará a folha de pagamento. “Já passei os valores de quanto gastamos, mas eles querem saber quanto cada pessoa ganha. Consultamos a nossa assessoria jurídica e verificamos que não há obrigação legal de apresentar a folha”, diz.
José Fernnandes Lima diz que não se opõe a conversar com os professores
Lima destacou ainda que não se opõe a recepcionar os professores que estão em manifestação. “Já recebi a categoria mais de cinco vezes esse ano. Assim que eles estiverem abertos ao diálogo vou recebê-los ainda nesta quinta-feira”, garantiu. A paralisação prossegue nesta sexta-feira, 18.
Para a próxima segunda-feira, 21, está prevista uma assembléia no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe para avaliar o movimento.
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