O compromisso de revitalizar o antigo farol de Aracaju e urbanizar a praça do bairro Farolândia firmado entre o prefeito Edvaldo Nogueira e o governador Marcelo Déda agradou, mas já era algo que vinha sendo reivindicado há muito tempo por diversas camadas da sociedade. As obras estão orçadas em aproximadamente R$ 1,5 milhão. O farol é um marco para a cidade, considerado patrimônio histórico, ele orientou durante mais de cem anos as embarcações que chegavam a Aracaju, até que foi considerado obsoleto e em seu lugar foi construído o farol da Coroa do Meio. Depois de desativado, o farol foi esquecido e passou a representar um perigo para a população que reside na região. “Hoje o local é ponto de drogas e esconderijo de marginais. O pessoal que trabalha aqui observa o movimento deles diariamente”, afirmou Liliane Borba, proprietária de uma galeria com 10 lojas localizada em frente ao farol. Por ser uma zona privilegiada a região tem atraído investimento diversos e crescimento imobiliário. “Um dos motivos que me fez abrir a galeria aqui foi por considerar essa uma área de expansão, a cidade tende a crescer para esse lado. E aqui tem um fluxo grande de estudantes e moradores dos novos condomínios”, declarou a empresária.
Para o artista plástico Fábio Sampaio, que realizou uma intervenção urbana no monumento colocando grandes band-aid na estrutura de ferro, espera que esse projeto não demore para ser posto em prática, “se não o farol do jeito que está pode cair”, alerta. Na opinião do artista a intervenção realizada em setembro de 2006, de certa forma mobilizou a opinião pública e chamou a atenção de quem passava. “A idéia era essa, fazer com que as pessoas se perguntasse ‘cadê o poder público?’. Foi bom porque acendeu a discussão. A arte tem essa força e esse tipo de intervenção tem esse papel”. 
Fábio Sampaio e os band-aids gigantes: “Farol-Aid”
Ela foi uma das pessoas que apostaram no desenvolvimento da região e não se sentiu amedrontada pelo perigo oferecido pelo abandono da praça e do monumento. Liliane diz que esperava que um dia essa revitalização saísse, mas não achava que partiria da iniciativa pública. “Achei que alguma empresa privada adotaria esse projeto. Mas se foi pública ótimo. Nós pagamos impostos para isso.” 
Liliane: vista privilegiada do Farol
O projeto de revitalização do farol será realizado em duas etapas. Em uma delas, toda a estrutura metálica será restaurada. Na outra, o entorno será transformado em uma área de convivência. O Governo do Estado, por meio do Banco do Estado de Sergipe (Banese), vai custear a restauração da estrutura metálica do farol, além de fazer a manutenção permanente de toda a praça. Já a Prefeitura Municipal ficará com a incumbência de urbanizar o entorno. 
Construções de codomínios avançam na regiao do farol
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