Projeto “Lar dos Sonhos” visa melhorar a convivência entre moradores do Bairro Novo

No local residem famílias que antes viviam em invasões (Fotos: Arquivo Infonet)
A Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), promove campanhas de conscientização e cidadania para os beneficiados pelo Projeto Integrado Santa Maria. As ações visam a melhoria da convivência dos novos moradores dos condomínios Gov. Sebastião Celso de Carvalho I e II, localizados no 17 de Março, novo bairro construído pelo município para as famílias oriundas de áreas de risco da cidade.

As ações são fruto de várias parcerias e englobam palestras, caminhadas e diversas atividades de conscientização. “Antes mesmo de os moradores receberem os imóveis, já fizemos palestras sobre como é a vida em condomínio e as novas obrigações que eles teriam”, conta a técnica Social da Fundat, Ângela Souza. Os moradores receberam visitas não só de agentes da prefeitura, como também do Corpo de Bombeiros, Energisa e outros apoiadores.

No total são 552 residências sendo 224 apartamentos e 328 casas
Os apartamentos foram entregues para os antigos moradores das invasões da Prainha e do Arrozal, no Santa Maria. Também residem no conjunto ex-moradores de outras invasões do Santa Maria, entre elas as do Morro do Avião e Água Fina. Ao todo são 552 residências, entre 224 apartamentos e 328 casas.

Segundo Ângela Souza, antes da entrega da obra os futuros condôminos participaram de diversas reuniões, nas quais foram escritas e votadas as normas dos condomínios da qual passariam a fazer parte. “Eles colaboraram com a criação das regras e punições. O regimento foi escrito a partir daí”, conta ela.

Lar dos Sonhos

Para orientar os moradores dos apartamentos sobre suas novas responsabilidades, direitos e deveres, a Fundat lançou uma cartilha educativa. Intitulada de ‘Lar dos Sonhos”, ela foi entregue a todos os beneficiários. A cartilha também traz dicas de sustentabilidade e economia de água e eletricidade.

De acordo com Ângela Souza, o principal problema é que alguns moradores ainda resistem às taxas dos condomínios. “Eles vieram de uma invasão e ainda não têm a consciência de que precisam pagar as contas para o benefício de toda a comunidade”, explica ela.

Um dos síndicos dos condomínios, Marcos Santos Conceição, 24 anos, conta que esse é realmente o maior problema. “Ainda não temos CNPJ para fazer a cobrança formal e algumas pessoas se aproveitam disso e, dizendo que não têm dinheiro, não pagam”, desabafa o síndico.

Marcos Conceição também conta que, apesar disso, as pessoas estão unidas para o bem comum. “Nós estamos muito unidos. Muita gente ainda não se adaptou, mas quando precisamos fazer algo todos comparecem para contribuir”, relata.

Para a dona de casa Silvania Alves, que também mora no condomínio, há um espírito de coletividade entre os ex-moradores das áreas de risco da cidade. “Como nós morávamos em uma favela, já éramos acostumados a dividir as tarefas. Isso ajudou”, conta. O processo para a regularização do condomínio já foi iniciado, faltando apenas a conclusão dos tramites burocráticos.

Qualidade de vida

Para os assistidos pelo Projeto Integrado Santa Maria, a melhora na qualidade de vida é notável.  “A mudança para o apartamento foi uma benção. Eu não trocaria esse apartamento por nada”, comemora Silvania Alves, que antes vivia na invasão do Arrozal.

O novo bairro deu conforto e dignidade à população que vivia em condições degradantes. “Eu morava numa casa de madeira. Só tinha uma divisória para separar o quarto da sala, que era também a cozinha”, desabafa Silvania. “A gente não podia ter nada, tinha vontade, mas naquelas condições não dava. Eram ratos, lama, chuva, goteira. A gente só tem a agradecer”, ressalta.

Fonte: PMA

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