Projeto leva deficientes auditivos para sala de aula

Os portadores de deficiência auditiva de algumas regiões da Grande Aracaju estão tendo a oportunidade de estudar português, matemática, história e até mesmo inglês. Eles fazem parte de um projeto experimental que está sendo realizado na “Casa da Família”, no Bugio, pelo Centro Integrado de Esportes Para-atletas (Ciep), com o apoio da Secretaria de Estado de Combate à Pobreza.

Atualmente, 30 surdos da Coroa do Meio, Marcos Freire, Bugio e da Barra dos Coqueiros participam do projeto estudando no período da noite. “Esse Projeto experimental tem duração de dois meses. A proposta é passar conhecimentos básicos das matérias na língua dos sinais (libras). Dessa forma, no final do treinamento os estudantes terão condição de participar de outros cursos oferecidos pela Unidade de Educação do Sebrae sobre empreendedorismo, pois à disciplina português é pré-requisito”, explica Paulo do Eirado Dias Filho, diretor do Sebrae.

A “Casa da Família” no Bugio funciona nos períodos da manhã, tarde e noite, atendendo jovens, adultos e idosos. Enquanto a Secretária de Estado de Combate à Pobreza sede o espaço e os equipamentos, professores da própria comunidade desenvolvem os projetos, que são necessidades levantadas pelos moradores do bairro. No local são prestados serviços na área da geriatria, inclusão digital, contos e encontros (estímulo da leitura, poesia e teatro), Sergipe Cidadão (alfabetização para adultos e terceira idade), esportes (basquete, capoeira, vôlei, futebol de
salão) e educação física para a comunidade.

Josevaldo Diel, diretor do Ciep, professor e coordenador da inclusão digital e educação para surdos, diz que a participação da comunidade é fundamental para que os projetos sejam desenvolvidos e dêem certo. “Os professores Euler Dantas, Sandro do Bugio e Cláudio Brito são os coordenadores dos projetos, mas as necessidades são apresentadas pela comunidade”, diz.

Ele informa ainda que atualmente a Casa da Família atende 150 jovens que praticam esportes, participam dos encontros de estímulo a leitura. “São 600 idosos que recebem tratamento médico, alfabetização e atividade esportivas. Na inclusão digital temos 192 pessoas sendo treinadas a cada dois meses, sem falar dos 30 surdos que estão sendo capacitados e no curso de atendimento ao público oferecido a deficientes mentais de grau médio. Nós não só nos preocupamos em incentivar a prática esportiva como também estimulamos a parte educacional. Tudo é feito com muito prazer e atitude voluntária”, declara Diel.

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