Projeto sobre anemia falciforme não tem previsão para ser votado

Deputada Ana Lúcia
Por um tubo finíssimo, milhares de pessoas tentam atravessar ao mesmo tempo. Imagine, agora, que estas pessoas possuem algum tipo de necessidade especial de locomoção e todas devem passar juntas por esse tubo. Esse é mais ou menos o caso da anemia falciforme. Nosso sangue é composto por vários tipos de células, cada uma com sua função. Uma delas são as hemácias., conhecidas como glóbulos vermelhos.

 

As hemácias são as responsáveis pela cor do sangue, por conterem hemoglobina, substância utilizada para a troca de gases que serão levados até as outras células do organismo. Quando as hemácias modificam sua forma e passam a não exercer corretamente essa função, congestionando a circulação de sangue nos vasos sanguíneos, temos o caso da anemia falciforme.

 

A doença Falciforme é herdada dos pais. Nela, os glóbulos vermelhos, diante de certas condições, alteram sua forma e se tornam parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Eles se agregam e dificultam a circulação do sangue, causando lesões nos órgãos atingidos, dor, destruição dos glóbulos, icterícia (olhos amarelos) e anemia.

 

A Falciforme acontece, geralmente, quando a hemoglobina produzida é anormal (chamada de S). A questão é que a doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, que afeta principalmente a população negra. Cerca de 1 em cada 8 afro-brasileiros tem o que é chamado de traço falcêmico. O portador do traço falcêmico não é considerado doente, mas pode passar o gem para seus filhos, que podem desenvolver a patologia.

 

Um projeto da deputada estadual Ana Lúcia (PT) objetiva justamente prestar assistência no fornecimento de medicação e transporte gratuito aos portadores da doença e suas famílias. A deputada quer que seja criada uma estrutura adequada para o tratamento e a preparação dos profissionais de saúde e profissionais de educação.

 

Uma das ações do projeto seria a criação de um programa de Prevenção e Assistência Integral às pessoas Portadoras do Traço Falciforme, direcionado às classes de baixa renda, nas quais tem sido detectado o maior número de casos. De acordo com o projeto, o programa seria coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde e contaria com a participação da Secretaria de Estado da Educação.

 

Porém, de acordo com a assessoria parlamentar da deputada, o projeto ainda está em fase de tramitação, ou seja, ainda não passou pelo crivo do plenário da Assembléia Legislativa de Sergipe (AL/SE). Ainda de acordo com uma das assessorias, não há uma previsão de data para que a matéria entre em pauta: “Geralmente eles avisam quando o projeto já está em vias de ser votado, mas não há um calendário definido”.

 

Até lá, os possuidores da doença vão ter que esperar mais um pouco para ter mais facilidade no tratamento. Por ser uma doença hereditária, ela não tem cura, mas tem controle. Quem tem a doença deve fazer repouso moderado, evitando exercícios muito pesados e alimentar-se com legumes, verduras, frutas e carnes, e ingerindo bastante líquidos.

 

Para mais informações sobre o assunto, clique aqui!

 

Por Wilame Amorim Lima

Da Redação do Portal InfoNet

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