Promotores recebem curso de investigação em cibercrime

Promotores recebem curso de investigação em cibercrimes (Foto: Portal Infonet)

O curso “Inteligência e Investigação Criminal”, promovido pelo Ministério Público Estadual (MPE), teve o primeiro módulo ministrado nesta segunda-feira, 19, para servidores técnicos e promotores no intuito de facilitar a investigação no meio digital.

O primeiro ministrante foi Guilherme Caselli, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O delegado já esteve à frente casos de cibercrimes que ganharam notoriedade em cenário nacional, como o vazamento de imagens íntimas da Carolina Dieckmann e de injúrias raciais à Taís Araújo. “O resultado prático para as investigações é ímpar. Nos utilizamos dos meios digitais para apurar casos de crimes como extorsão, tráfico de drogas, homicídios, pedofilia, por exemplo. Ela demanda um conhecimento acentuado não só de investigação policial, mas também conhecimento em tecnologia da informação”, explica. “A gente dispõe de técnicas que encurtam a marcha processual, que às vezes demanda meses. Em poucas horas, conseguimos chegar na autoria delitiva”.

O delegado Guilherme Caselli trabalhou ressalta eficácia de investigações no meio virtual (Foto: Portal Infonet)

Newton Silveira, diretor-geral da Escola Superior do MPE, diz que os meios digitais são uma alternativa aos meios convencionais de investigação de crimes, como ouvir testemunhas e realização de exames periciais. “A ideia é fazer com que comecemos a ter noção do que fazer com as novas ferramentas de informação, sobretudo em redes sociais. A partir daí, melhorar o que é possível conseguir de dados voltados para a esfera criminal e investigação de crimes contra o patrimônio e corrupção”.

Newton Silveira, do MPE, aprova a utilização do meio cibernético na apuração de crimes (Foto: Portal Infonet)

Os próximos três módulos terão a participação de outros especialistas do ramo, como Márcio Alberto Gomes Silva, delegado de Polícia Federal de Sergipe; Otávio Celso Gondim Paulo Neto, coordenador do Núcleo de Gestão do Conhecimento do MP da Paraíba; e Fabrício Rabelo Patury, coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MP da Bahia.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio