O empresário Edison José dos Santos, que comprou o prédio da Associação Atlética em 2006, pode ser obrigado a reconstruir a estrutura que foi demolida nesse fim de semana. Quase 70% da estrutura original foi demolida nesse fim de semana, sem autorização da Emurb. O prédio está embargado desde 16 de outubro passado, e não podem haver obras internas, nem venda da propriedade. Fachada da Atlética, que teve parte do seu prédio demolido esse fim de semana
Mesmo com a ordem de embargo, o empresário autorizou a demolição do prédio, alegando que este estaria condenado pela defesa civil. O teto da edificação já havia cedido por causa das chuvas e a estrutura estaria comprometida. Edison José requereu a autorização de demolição à Emurb, que não cedeu alegando que o proprietário deveria primeiro averbar as construções em cartório.
Uma ação civil pública foi movida pelos acionistas a Associação Atlética. “Como ele procedeu a demolição parcial sem autorização de determinação judicial, nós vamos tomar as providências legais cabíveis. Se no final for julgada procedente a ação, será obrigado a fazer a reconstrução total do prédio, inclusive com suas características históricas”, disse o promotor Augusto César Rezende. Escombros da demolição ainda estão no local
O empresário diz que o imóvel está indisponível para comercialização. “Nada me impede de fazer obras no local, desde que eu tenha autorização da Emurb”, confirma Edison José. As obras internas do prédio não estão registradas na Emurb, o que impede que a empresa dê autorização para demolição ou construção.
Durante a audiência o empresário pediu ao MPE a retirada dos entulhos que ficaram no local
após as demolições desse fim de semana. A Emurb ficou de autorizar a retirada, no prazo de 15 dias após uma verificação por parte de seus técnicos. Além disso, o empresário se comprometeu a aterrar as duas piscinas e o poço em no máximo 10 dias, já que estes estavam se tornando focos de proliferação do mosquito da dengue. Audiência Pública no MPE essa manhã
Acionistas
Os antigos acionistas da Associação Atlética dizem que irão brigar judicialmente para anulação da venda do terreno. Segundo eles, o então presidente do Clube não teria consultado os acionistas para realizar a venda. “O que aconteceu foi uma afronta à honra e à moral do associado. A história de Sergipe foi dilacerada em sua parte mais bonita com essa demolição”, disse a acionista Lindete Góis.
Por Ben-Hur Correia e Gabriela AmorimPortal Infonet no WhatsApp
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