Privilegiar o bem estar do animal é um dos pontos fundamentais destacados pela psicóloga Carolina Jardim em se tratando de se relacionar com os animais domesticados, especialmente os cães. Na ótica da psicóloga, os donos de cachorros e aqueles que treinam os animais [adestradores] devem ficar atentos para ensinar ao cão que o “comportamento indesejado gera consequências”, mas de forma que não cause mal estar ao animal.
A psicóloga entende que os cães têm olfato 40 vezes maior que o humano e tece severas críticas àqueles que utilizam borrifadores como mecanismo de adestramento. “Eles conseguem sentir pelo olfato se a urina tem câncer ou não”, revela. “Precisa-se trabalhar esse olfato”, enaltece. A psicóloga diz que os donos dos animais devem ficar atentos, estimulando-os à cognição. “Trabalhe a mente deles. Cachorro foi feito para trabalhar para comer”, adverte, considerando que o animal deve desenvolver algum esforço para encontrar o alimento.
A psicóloga não comunga com a tese de treinadores que “vendem” a ideia de adestrar cães sem exercer mecanismos punitivos. “´Se alguém falar que trabalha com cachorros sem usar punição, é mentira”, avisa. “Não há adestramento sem punição, mas punição não quer significa bater”.
E como encaminhamento, a psicóloga defende uma comunicação eficaz entre o humano e os animais, sempre valorizando as emoções positivas, com foco nos comportamentos desejados, sem ameaçar a confiança do cão no humano e também no ambiente. “Torne-se fonte das melhores coisas na vida do cachorro”, ensina.
Oficina
Estas questões foram tratadas na I Oficina de Comportamento Animal realizada neste sábado, 6, em Aracaju, com participação da psicóloga Carolina Jardim, que também é educadora canina, e da embaixadora Ana Veríssimo, de uma empresa americana que produz brinquedos para cães e gatos.
O veterinário Alexandro Goes Silva, idealizador da Oficina de Comportamento Animal, destaca a importância do evento, informando que a ideia é proporcionar maior capacitação aos profissionais dedicados aos animais. Para o veterinário, os amantes dos animais, que possuem pets [animais de estimação], devem sempre buscar orientações de um profissional habilitado para evitar equívocos e consequências danosas para o animal. “Por falta de conhecimento ou informação, você pode causar sérios transtornos, fobias, a esses animais”, diz.
O veterinário alerta que, tanto para tratar a saúde do animal quanto a questões relacionadas ao comportamento dele, é imprescindível uma consulta ao profissional habilitado. “Um dos maiores erros é a ‘automedicação’. É você tentar achar que sabe e querer fazer sozinho”, alerta. “A premissa básica é procurar um profissional competente para tirar dúvidas, não só na parte clínica como também na parte comportamental”, adverte.
por Cassia Santana
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