O deputado federal sergipano João Fontes foi suspenso, por tempo indeterminado, pela cúpula do Partido dos Trabalhadores. O motivo da suspensão foi a divulgação de uma fita com um discurso do então candidato a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, em Aracaju, no ano de 1987. No discurso, Lula ataca o estabelecimento da idade mínima para a aposentadoria e refere-se, de forma indireta, ao então presidente da República, José Sarney, como ladrão. Além de João Fontes, a deputada Luciana Genro, do PT do Rio Grande do Sul, também foi suspensa. A decisão pelo afastamento dos dois petistas da bancada do partido foi apoiada por 57 votos, contra oito que pediam pela suspensão apenas de João Fontes e duas abstenções. Agora, a executiva do PT decide se abre uma nova comissão de ética para analisar o caso de Fontes ou se junta aos outros casos que já estão sendo analisados. João Fontes vê outros motivos na decisão. “Eles utilizaram isso como um pretexto para me afastar da Comissão da Constituição e Justiça da Câmara, que vota as reformas da Previdência. Prefiro sair do partido a mudar a minha maneira de pensar. Eu ainda não saí em respeito aos companheiros que estão na comissão de ética. Agora, eu não aceito ir para a comissão de ética. Quem deve ir para a comissão, são aquelas pessoas que prometeram um projeto político para o país e que hoje fazem outra coisa”, diz.
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