Quatro pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que atua no roubo de veículos foram presas na manhã desta sexta-feira , 7, na capital e Grande Aracaju. De acordo com o delegado Kássio Viana, muitos roubos praticados pelo grupo são contra motoristas de aplicativos do transporte de passeiros.
A investigação que culminou na prisão das quatro pessoas está em andamento desde o final de 2018 e ainda não foi concluída. Menores, suspeitos de integrar o grupo e praticar os assaltos, também foram apreendidos em outros momentos da investigação. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Kassio Viana, nem todos os suspeitos que foram presos hoje age diretamente no roubo.
“Quatro mandados de prisão e buscas foram cumpridos, e um mandado de prisão está em aberto. Essa investigação foi desencadeada a partir de vários roubos de veículos na região do bairro Industrial, e por parte dos roubos a carros de aplicativos. É uma organização criminosa, cada um com suas funções. Os menores eram responsáveis pela ação direta de subtrair os veículos nas ruas com violência ou grave ameaça, e os maiores faziam a venda dos aparelhos celulares roubados e dos veículos, e a troca de placa de identificação dos carros”, explica.
O grupo, segundo explicou o delegado, chamava um carro no aplicativo e no início ou meio na corrida anunciava o assalto. Em alguns casos os motoristas eram de imediato liberados, em outros eles seguiam com os criminosos até um determinado ponto e só depois eram liberados. “Muitas vezes os veículos eram usados para cometer outros roubos, como também para venda em outros estados e para desmanche. Cerca de 60% desses veículos roubados são recuperados pela polícia, mas os 40% restantes são desmanchados, mandados para outros estados ou circulam em Sergipe com adulteração dos sinais identificadores”, aponta.
Segundo o delegado 1/3 dos casos da Delegacia de Roubos e Furtos são de roubos a carros de motoristas de aplicativos. Kassio acredita que se medidas conjuntas entre a polícia e as empresas dos aplicativos não forem adotadas, os roubos não vão diminuir.
“A maioria das nossas prisões tem a ver com roubos a motoristas de aplicativos porque na verdade boa parte dos roubos são cometidos contra carros de aplicativo e de motos de mototaxistas que são solicitados para a corrida e assaltados. A gente precisa criar mecanismos junto as empesas de transporte de pessoas de aplicativos e mototaxistas para facilitar a recuperação do veículo, a preservação da vida dos motoristas e identificação dos autores. Há uma facilidade nesse tipo de ação criminosa porque os motoristas não sabem quem são os passageiros, então basta ter alguém querendo roubar que eles ficam totalmente vulneráveis”, diz.
Investigações contra outros grupos com participação no mesmo tipo de crime está em andamento. “Temos várias investigações em curso, esse grupo é apenas um dos muitos grupos de criminosos que temos”, finaliza.
Por Karla Pinheiro
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