Queda de aeronave foi provocada por falta de experiência do piloto

Aeronave entrou em chamas logo após a queda (Foto: Reprodução/ Vídeo nas redes sociais)

O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu o relatório de investigação sobre a queda de uma aeronave que decolou do Aeroclube de Sergipe (SISG) em dezembro de 2018 e caiu em uma residência do conjunto Bugio. De acordo com o relatório, o piloto não tinha experiência no tipo de voo e a aeronave, que pertencia ao piloto que faleceu no acidente, foi montada por ele sem supervisão de um profissional qualificado.

O relatório atesta que o piloto estava com a habilitação relativa às atividades Aerodesportiva e Experimental Trike (ULTK) e com Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válidos, mas não possuía experiência para esse tipo de voo. De acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a experiência do piloto se resumia a um total de 67 horas e 05 minutos de voo, sendo 05 horas e 35 minutos no equipamento envolvido no acidente.

No documento, a Cenipa diz que após a decolagem, a aeronave permaneceu entre 5 e 10 minutos sobrevoando o bairro de Bugio, realizando manobras a baixa altura, empregando curvas de grande inclinação e variações acentuadas de altura. Segundo o relatório, a realização de manobras sem possuir autorização, experiência e treinamento para realizar voos à baixa altura em altura inferior ao permitido pela norma vigente demonstrou que o piloto violou a legislação sem motivos justificáveis.

“Tais ações demonstraram que não houve, por parte do piloto, uma análise apropriada em relação ao voo e à sua capacidade de gerenciá-lo, à medida que se expôs deliberadamente a condições inseguras. Essa inobservância de normas e procedimentos previstos denotou uma atitude contrária à segurança de voo, que elevou os riscos daquela operação aérea”, diz o relatório.

Cerca de 10 minutos após a decolagem, a aeronave colidiu contra uma residência, se chocando com o solo e pegando fogo em seguida. “Nesse sentido, e com base nos aspecto avaliados, tem-se que a hipótese mais provável está relacionada com a inadequação no uso dos comandos, derivada da inexperiência e da falta de um pertinente julgamento de pilotagem”, aponta o relatório.

“Todavia, não se pode desconsiderar uma eventual falha mecânica ou de montagem do ultraleve, uma vez que o operador, sem auxílio de terceiros e sem qualquer supervisão, providenciou a montagem do equipamento”, completa o documento que diz ainda que o grau de destruição e de carbonização da aeronave impediu a realização de testes que identificariam eventual contribuição destes aspectos para o acidente.

Relembre

No dia 29 de dezembro, uma aeronave modelo de ultraleve decolou do Aeroclube de Aracaju e minutos depois caiu sobre parte de uma residência no conjunto Bugio, na Zona Norte de Aracaju. Com a queda a aeronave entrou em chamas e o piloto, Israel Graça, de 56 anos, morreu com a queda.

Por Karla Pinheiro
com informações da Cenipa

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