Em meados de fevereiro quando o dólar vinha apresentando uma forte tendência de queda e já beirava a casa dos R$ 2,55, uma amiga me perguntou se aquele era o melhor momento para comprar a moeda ou se ela deveria aguardar um pouco mais até que o seu preço chegasse próximo ao de R$ 2,40 conforme era previsto para o final daquele período. –E no meu lugar, que tipo de conselho você daria? Existem muitas probabilidades acerca das possíveis vantagens e desvantagens que uma pessoa possa ter ao aplicar os seus recursos em dólar. Então quando alguém me consulta a este respeito, considerando apenas algumas exceções, eu sempre acabo dando a mesma recomendação: procure outro tipo de investimento, pois este não é um mercado para pessoas inexperientes. Porem, no caso desta minha amiga o seu real objetivo não era o de investir na moeda estrangeira, mas sim o de conseguir compor uma reserva financeira para garantir a sua mudança, e a de toda a sua família, de forma definitiva para o exterior. Quando olhamos por este lado o que passa realmente a importar já não é mais a especulação que pode ser feita em relação ao dólar, mas a importância que ele pode representar para o sucesso ou para o fracasso de todo um objetivo traçado – Neste caso, o da viagem. Então mesmo com toda aquela tendência de queda e por mais vontade que eu tivesse de apostar em uma redução, conservadoramente falando, a minha recomendação não poderia ter deixado de ser outra, a não ser, a de comprar. – Eu só espero que ela já tenha tomado uma decisão. Wenderson Wanzeller é atuário, colunista e comentarista econômico
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