Mas para o secretário de Segurança Pública, Luiz Mendonça, tudo vai muito bem, obrigado. Constantemente, a Secretaria apresenta presos à imprensa. Na manhã de ontem, por exemplo, foram apresentados o acusado de matar a esposa, José da Costa, e o comerciante Adenildo Dias Silva, acusado de ter assassinado a estudante Ana Jéssica, na Terra Dura.

Se a segurança melhorou, por que João Alves Neto, filho do governador João Alves (PFL), foi assaltado na 13 de Julho? Enquanto caminhava com sua esposa, Roberta Monteiro, grávida, ambos foram abordados e obrigados a entregar os objetos de valor. Vítimas da fatalidade ou das estatísticas? Fatalidade parece ser a resposta mais provável, uma vez que Sergipe parece ser o Estado mais seguro do Brasil.

Para Gualberto, nenhum Estado brasileiro pode se auto-intitular como o mais seguro. Segundo ele, a constatação de que a segurança em Sergipe não melhorou reflete-se no fato de que basta conversar com as pessoas para ver que as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública não batem com a realidade das ruas. “Enquanto o governo diz que Sergipe é o mais seguro, um cidadão perde um tênis, um relógio, um celular. Enquanto o governo diz que Sergipe é o mais seguro, um ônibus é assaltado”, lembrou.

Diante das questões levantadas, o deputado está solicitando que seja retirada a propaganda do Governo do Estado que afirma que Sergipe é o Estado mais seguro e pediu que o Governo do Estado reverta o dinheiro empregado na campanha para a melhoria dos serviços de segurança pública.

“Me avisaram até que o filho do governador foi assaltado no último final de semana, quando fazia cooper. Também fui informado que os números da propaganda foram fornecidos pela Secretaria Nacional de Segurança. Mas a secretaria não tem representante aqui. Portanto, alguém daqui é que passou os números”, afirmou o deputado estadual.