Em um domingo de Carnaval de 1983, morria, de cirrose hepática, um dos radialistas mais populares do rádio sergipano: Silva Lima. O comunicador que atuou, durante décadas, nas emissoras Difusora e Liberdade, foi uma figura contraditória, que despertava paixão e ódio na mesma proporção. Uma tentativa de lançar luz sobre a história do radialista é o vídeo documentário ‘Silva Lima: uma memória radiofônica’, produzido pelo professor Sérgio Borges e que será apresentado, dia 8 de julho, no Espaço Cultural Yázigi Internexus. “A idéia de fazer o documentário surgiu quando recebi do radialista Ary Nogueira, um CD, contendo diversos programas ‘Radio seqüência Silva Lima’, gravados durante as décadas de 60 e 70”, relembra. O resultado é um mural, onde são apresentadas fotografias do radialista e depoimentos de diversas pessoas que conviveram com ele. “Nós gravamos em mais de uma hora de depoimentos e condensamos em um vídeo de 13 minutos, no intuito de inscrevê-lo no Curta-SE”, explica Borges. No vídeo aparecem figuras de destaque nos meios intelectual, artístico e jornalístico, a exemplo de Jairo Alves, José Eugênio de Jesus, Alexandre Santos, Ary Nogueira, José Fernandes, Paulo Cruz, Toninho Torres, Luís Eduardo Oliva, Jeová Santana, César Macieira, Chico Buchinho e Cleomar Brandi. “Todos participaram, de alguma forma, da trajetória de Silva Lima”, esclarece o professor. Apesar de se tratar de uma figura popular, para levantar a história de Silva Lima, Borges teve que fazer uma pesquisa extensa que durou quatro meses. “Tive que entrevistar dezenas de pessoas e procurar documentos no em arquivos públicos, pessoais e bibliotecas”, descreve. Desafetos e sucesso Biografia