Num futuro não muito distante, ao abrir um livro frente a um computador, imagens 3D saltarão das páginas com a possibilidade de interação e manipulação direta com o leitor; procedimentos médicos serão facilitados com projeções do organismo do paciente que auxiliarão, por exemplo, na medicação intravenosa; games dispensarão controles e o jogador dará comandos com movimentos do próprio corpo. 
Anúncios proporcionam interação com objetos em 3D
Isso será possível graças a Realidade Aumentada, tecnologia que tornará corriqueiras essas e outras situações do cotidiano. Usada de forma mais comum nos últimos três anos, os primeiros sistemas desenvolvidos com a técnica datam da década de 60. “Os computadores atuais possuem a capacidade de visualização dos elementos criados, por isso muita gente acha que a Realidade Aumentada é algo recente”, explica o diretor multimídia Duarte Thiago.
À publicidade, inclusive, pode ser creditada a difusão da tecnologia por esses tempos. Jornais e revistas de todo o Brasil contam com anúncios que convidam a pessoa a posicionar determinados códigos em frente a uma webcam. “A idéia é materializar o produto através de um holograma que será lido pelo computador, assim, o objeto gerado parece estar posicionado em frente à pessoa”, diz Cleón Menezes, diretor de atendimento da agência que criou um dos primeiros anúncios do tipo em Aracaju. 
Duarte Thiago, Cleón Menezes e Raphael Jordani reconhecem uso da tecnologia na publicidade
Na peça publicitária veiculada na cidade há algumas semanas, era exibida uma imagem 3D de um iPhone, como se ele estivesse posicionado em cima do anúncio. “O holograma impresso serve como sensor para que a webcam reconheça as animações e faça uso das ferramentas 3D para gerar a imagem”, explana o diretor de novas tecnologias, Raphael Jordany.
Difusão e aplicabilidade
“A difusão maior dessa ferramenta está na web, mas ela não merece rótulos ou pode ser restrita a isso”, diz Cleón. Ele menciona justamente outros segmentos que se utilizarão da tecnologia como na medicina ou na arquitetura. No Brasil, por exemplo, equipamentos utilizam a Realidade Aumentada para a remoção de varizes sem cirurgia. A técnica consiste em projetar as veias sobre a pele do paciente, que são desobstruídas com auxílio de um laser.
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