Aconteceu o que tanto se temia. O reitor da Universidade Federal de Sergipe, José Fernandes de Lima, reuniu a Imprensa, na tarde dessa quarta-feira, para anunciar a demissão de 200 funcionários do Hospital Universitário. Ou seja, 50% do pessoal que lá trabalha. Um efetivo considerável a ser demitido por força de processo administrativo condenando a forma de contratação desse pessoal, que foi aberto pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo Ministério Público, aos quais não cabem mais nenhum recurso. O processo do TCU, motivo inicial de todo o conflito, continua em tramitação. Em verdade, esses funcionários não são contratados nem pela Universidade nem pelo Hospital, mas pela Fapese – Fundação de Pesquisa e Ensino de Sergipe – uma espécie de cooperativa que contrata o pessoal e o põe à disposição do Hospital. A UFS faz o pagamento diretamente à entidade. Esse é o grande motivo dos processos, pois ou se chama aqueles que fizeram concurso público e passaram, ou não se admite nenhum outro subterfúgio. Como essas demissões vão causar enormes problemas, o reitor José Fernandes de Lima tentou diversas soluções para o problema, mas os esforços foram em vão.
PREJUÍZO – A demissão vai atingir principalmente os cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem. O Hospital Universitário, como se sabe, serve de treinamento para os estudantes destes três cursos. Reduzindo o número de servidores, o atendimento do Hospital vai cair pela metade e, por conseguinte, os três cursos serão afetados. Acredita-se que os serviços de Odontologia, laboratoriais e raios X deverão praticamente ficar paralisados diante da nova situação. O reitor da UFS revelou que vai entrar em contato com os Ministérios da Educação e da Saúde para tentar uma solução para o problema. A redução do pessoal do Hospital Universitário trará, como conseqüência imediata, uma redução no atendimento de diversas pessoas carentes.
ESTUDANTES – Ainda nessa quinta-feira, às 14 horas, no auditório da Didática V, os estudantes dos cursos da Saúde, juntamente com professores e funcionários, estarão realizando uma assembléia geral para discutir a situação do HU. Na próxima quarta-feira, dia 12, haverá nova assembléia, objetivando montar uma comissão de acompanhamento do problema. “O fato pior é que o reitor não agiu com sinceridade no que tange aos prazos. Ele quebrou nossa mobilização prometendo que teríamos o prazo de um ano. Na verdade, ele estabeleceu um prazo acreditando na morosidade do sistema, e não em fatos reais”, afirma Danilo Lima, do Núcleo de Apoio ao Centro Acadêmico de Medicina.
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