Dois representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) se encontram em Aracaju para verificar a denúncia de desvio de carne da merenda escolar feita pelo Sintese no fim do ano passado. Essa manhã eles foram visitar duas escolas em Porto da Folha para analisar a situação dos estoques de comida e da distribuição da merenda.
As visitas são acompanhadas pela diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Seed, Eleonora Cerqueira e pelo presidente do Conselho de Alimentação Escolar Franklin Magalhães. A visita ao Estado dura até a próxima semana, e diariamente serão realizadas visitas aos pontos citados na denúncia.
A Seed encaminhou ao Sintese no último dia 15 um relatório de 89 páginas contendo depoimentos dos envolvidos no caso. Atualmente a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão com inquéritos abertos para apurar os fatos.
O caso
Em dezembro do ano passado o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) fez uma denúncia ao Ministério Público relatando o desvio de carne da merenda escolar. Baseado nos depoimentos de alguns diretores, professores e alunos das escolas o sindicato analisou o processo de licitação e concluiu que o estado gastou R$1 milhão em carne, e essa não foi repassada às escolas.
O valor corresponde a 1/5 de toda verba gasta para alimentação. “O mais perigoso é que as escolas não receberam, mas há as guias de recebimento assinadas, porém sem data de recebimento”, disse Roberto Silva, diretor de comunicação do Sintese. Na sexta-feira passada o sindicato se reuniu com o Secretário de Edcuação, José Fernandes de Lima, para discutir o resultado da sindicância interna sobre o caso.
O levantamento do Sintese concluiu que entre as escolas que não receberam a carne estão: Escola São José – Malhador; Felisbelo Freire – Itaporanga; Arnindo Guaraná – São Cristóvão; e Marinalva Alves – Socorro.
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