Reunião com a Emsurb é a última esperança

Enquanto a reunião acontecia no quarto andar do edifício Walter Franco, sede do MP, centenas de catadores esperavam uma solução para o problema. A maioria reclamava da fome e da falta de perspectiva. “Nós queremos a reabertura da lixeira. Esse programa da Prefeitura não vai beneficiar todos nós. Eu, que trabalho lá há dez anos, não fui cadastrada. Como vou alimentar meus filhos. Onde vou receber os R$ 40,00 que conseguia tirar da lixeira toda semana? Acho interessante é que os urubus ficam e os trabalhadores é que saem”, reclamou a catadora Ivonete Ribeiro, 53 anos. A catadora Daniela de Jesus, 20 anos, viveu uma situação diferente. “Eu fui levada por eles (equipe da Prefeitura de Aracaju) para o galpão. Lá tomei banho, cortei o cabelo, tirei foto, mas, no dia seguinte, não estava na lista dos que vão trabalhar para a Prefeitura. O que eu faço agora?”, questiona. Os líderes que conversaram com a procuradora esperam encontrar uma resposta na reunião que acontece nesta quarta-feira, dia 09, na sede da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, na praça Olímpio Campos. “Nós temos, quarta-feira, 10 horas, uma reunião com o pessoal da Assistência Social da Prefeitura e da Emsurb. Vamos levar algumas reivindicações, para ver como as coisas serão resolvidas de agora em diante. Infelizmente, a resposta que eles (os catadores) esperam nós não temos para dar neste momento. A gente gostaria de sair daqui com alguma esperança, por isso viemos pedir ao MP que intermediasse, junto ao poder público, uma solução. Mas agora vamos esperar para saber o que vai ser resolvido. Infelizmente como é determinação do Ministério Público Federal, temos que obedecer. Só gostaríamos que eles percebessem que, tecnicamente falando, é fácil, mas aí fora nós temos mais de 200 famílias agonizando na incerteza, sem ter como trabalhar e até mesmo sem ter comida na mesa”, descreveu Arleide Ferreira dos Santos, presidente da Associação das Mulheres e Amigas da Terra Dura. Após a manifestação, os catadores voltaram a subir nos caminhões, de comerciantes da Terra Dura, que usaram como transporte. Antes de sair, porém, muitos gritaram que a única saída para o problema seria a criminalidade. “Eles querem que a gente fique pedindo no meio das ruas ou que saia roubando por aí”, desabafou a catadora Rosineide de Jesus.

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