Os Ministérios Públicos Federal e Estadual se reuniram mais uma vez na manhã de hoje, 16, para discutir a questão das cheias do rio São Francisco. Os órgãos cobram ações da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) para realizar um controle das cheias e campanhas conscientizadoras na população local. O aumento da vazão do rio devasta plantações e casas da população ribeirinha.
“Se as cheias são inevitáveis nós queremos que se constitua um sistema de aviso para que a população saiba e tenha capacidade de se proteger contra as cheias, evitando prejuízos” disse o promotor Eduardo Matos, do MPE.
Na última reunião, a discussão foi interrompida no momento em que a Chesf disse que a vazão das comportas não era uma determinação dela, mas sim da Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na reunião de hoje, representantes da Operadora fizeram a explanação de como funciona a vazão
das comportas da hidrelétrica e do rio. Além da instituição, estavam presentes o Ibama, a UFS e associações de pescadores. Eduardo Matos (MPE) e Eunice Dantas (MPF)
“Nós estamos buscando uma solução para ser implementada no mês de janeiro, que é quando voltam as cheias do rio”, disse Eunice Dantas, procuradora-chefe do MPF/SE. O superintendente de obras da Chesf, João Henrique Franklin, declarou que o processo de cheia, que vai de novembro à maio, é histórico. “O que precisa ser feito é uma conscientização dos ribeirinhos que nesse período as casas na calha do rio precisam ser desocupadas”, justificou.