Reunião pode definir situação de eletricitários

Trabalhadores lutam contra demissões na Energisa

Apesar do período de alegria por conta do Carnaval, os eletricitários de Sergipe estão em clima de tensão em virtude das possíveis demissões.  Com a finalidade de se chegar a uma solução quanto a situação de pelo menos 14 trabalhadores que podem perder o emprego nos próximos dias, está marcada para esta sexta-feira, 12, uma reunião entre representantes do Sindicato dos Eletricitários (Sinergia) e diretoria da Energisa.

Informações do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe são de que as dispensas estão sendo feitas por conta do deslocamento de diversos setores da empresa para outros Estados, a exemplo de Minas Gerais e Paraíba. Os eletricitários, no entanto, esperam que os representantes da Energisa revejam as demissões e se sensibilizem principalmente porque, segundo eles,  não só os trabalhadores serão prejudicados, mas também os consumidores.

O presidente do Sinergia, Sérgio Alves, entende que a Energisa é uma empresa importante para Sergipe, com grande potencial na geração de trabalho e renda, bem como de impostos que colocam o Estado em situação privilegiada. “Não podemos permitir que setores que refletem diretamente nos consumidores sejam transferidos. Os serviços não terão fluidade. Já imaginou o consumidor precisar fazer uma reclamação e ser atendido por uma pessoa que está em outro Estado, longe da realidade sergipana?”.

Apelo

Na oportunidade, Alves fez um apelo as autoridades sergipanas para que intercedam junto a diretoria da Energisa, impedindo, sobremaneira, as demissões e, consequentemente, a transferência dos setores. “Nós conclamamos ao governo do Estado e parlamentares para que, juntos, defendamos um bem maior – a sobrevivência de trabalhadores e a preservação dos serviços executados dentro do Estado”.

Segundo o presidente do Sinergia, a empresa pretende transferir os setores de faturamento, responsável pela emissão das contas; de informática; call center, a central de atendimento para reclamações e outras necessidades dos consumidores. Ainda, conforme especulações, o grupo não pretende mais trabalhar com a distribuição de energia. “As cogitações são que o grupo estaria focado na geração de energia e isso, é preocupante para o Estado porque estaria passando um serviço importante pára outro grupo. Qual seria a linha de trabalho?”, indagou.

Restatização

A Energisa foi privatizada há 13 anos. Na ocasião, foi colocado que a população pagaria tarifas mais baratas. No entanto, os sergipanos pagam tarifas mais caras do que os consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que tem uma renda percapta bem maior.

Sérgio Alves citou que representantes da Assembléia Legislativa e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), estão levantando o debate para a restatização da Energisa. A proposta é para que a empresa  volte ao controle  do Estado.  

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